sábado, 27 de março de 2010

JOVEM REVOLUCIONA

Sangue de jovem não corre, revoluciona!

Li recentemente uma frase que me deixou bem impactado, a frase é esta: “Sangue de jovem não corre, tira racha!”

Realmente é assim, queremos as coisas para já e para agora! Só você imaginar a lentidão da tua net. Se o download demora com certeza a sua impaciência vem em banda larga!

Outros podem usar a frase adaptada:“sangue de jovem não corre, voa”. Prefiro usar:

Sangue de jovem não corre, revoluciona!

Temos uma força forte que corre em nossas veias. Parece redundante, mas não é!

Esta força é forte! Pois vem do próprio Deus. Tem gente demais querendo nos convencer que esta força é fraca! Não se deixe iludir!

Fizemos uma experiência com Jesus, ele nos olhou e mudou a nossa vida! Provocou Revolução! E se ainda não provocou, pare de ler este post e se permita ser olhado por Ele! Ele está perto e está com o olhar fixo em você!

Esta experiência foi e é tão forte que nos faz pegar a vida nas mãos e dá-la um destino, um sentido! Gastar a vida na construção de um mundo mais bacana!

Quero te convidar a se mexer, a provar uma Revolução, algo que vai além de ideologia, mas algo que parte do encontro com uma pessoa! Jesus!

Como você se encontra hoje? Tem vontade de mudar o mundo? Vamos anunciar com a vida que é possível ser outro Cristo!

Apesar das dificuldades, não se deixe desencorajar nem renuncie os seus sonhos!

A vida pode até ser dura e difícil, porém acredite: Ser jovem é ter uma visão além do alcance!

O sangue de Jesus nos libertou! Este sangue revoluciona nossa vida e nos leva a falar mais alto que antes e nos dá a certeza de que é preciso mudar esta realidade!

Está em nossas mãos o futuro! Ou vai viver de passado? Pegue cada chance que tem e faça desta chance a oportunidade de provocar a Revolução Jesus!

Se está no presente, viva-o como ele é, ou seja, um presente! Abra-se e se perceba como presente, como Dom.

Neste post, quero provocar você a uma radicalidade na santidade! A deixar-se atrair por Deus e assim fazer algo para mudar a realidade! Podemos anunciar a vida eterna, e que o céu é uma conquista já garantida com Jesus, mas falta nossa parte!

“Os santos são os verdadeiros reformadores. Só dos Santos, só de Deus provém a verdadeira revolução, a mudança decisiva do mundo. ( Bento XVI)

E aí, vamos juntos provocar a Revolução Jesus?

Comente retuite, coloque no Orkut este texto, até se quiser imprimi-lo e queimá-lo e que a fumaça produzida possa anunciar Jesus. Provoque uma reação! Vamos fazer barulho, mas que este barulho tenha o conteúdo que gera sentido, gera vida!

Um conteúdo que é pessoa, é Jesus!

Tamu junto!

Adriano Goncalves

Clero

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Tepidez do clero é pior que os escândalos

Notícias da Igreja

27-03-2010

Os recentes escândalos envolvendo sacerdotes provocam grande dano e sofrimento à Igreja; diante disso, o clero deve-se renovar na fidelidade e na amizade com Cristo, disse o frei Raniero Cantalamessa.

Esse foi um dos pontos da reflexão oferecida nessa sexta-feira pelo pregador da Casa Pontifícia, em sua terceira pregação da Quaresma, proferida na presença de Bento XVI e seus colaboradores da Cúria Romana.

“Fidelidade! – rogou o padre Cantalamessa. O Santo Padre usou esta palavra como título e programa do ano sacerdotal: ‘Fidelidade de Cristo, fidelidade de sacerdote’”.

A palavra fidelidade “tem dois significados fundamentais. O primeiro é o de constância e perseverança; o segundo é o de lealdade, retidão, o oposto, em suma, de infidelidade, perfídia e traição”.

A esta fidelidade exigida especialmente do clero “se opõe a traição da confiança depositada por Cristo e pela Igreja, a vida dupla, o pouco caso para com os deveres de sua condição, especialmente no que se refere ao celibato e à castidade”.

“Sabemos por dolorosa experiência quanto dano pode ser provocado à Igreja e às almas com este tipo de infidelidade. Esta talvez seja a mais dura provação enfrentada pela Igreja neste momento”, disse o frade capuchinho.

Com palavras duras, o pregador da Casa Pontifícia advertiu que “a tepidez de uma parte do clero, a falta de zelo e a inércia apostólica” são “os principais fatores que enfraquecem a Igreja, ainda mais que os escândalos ocasionais de alguns sacerdotes, que chamam mais atenção e são mais fáceis de reparar”.

“Não se deve generalizar – recordou Cantalamessa –, mas igualmente não podemos nos calar.”

Segundo o pregador, o que a Igreja precisa neste momento é de um “impulso de esperança”. Ele desejou que o “fruto mais belo” do Ano Sacerdotal em curso na Igreja Católica seja “um retorno a Cristo, uma renovação de nossa amizade com Ele”.



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por Pe. Raniero Cantalamessa, Padre

quarta-feira, 24 de março de 2010

Quarta-feira, 24 de março de 2010, 12h13

Catequese de Bento XVI sobre Santo Alberto Magno - 24/03/2010

Bollettino della Sala Stampa della Santa Sede
(tradução de CN Notícias)


Queridos irmãos e irmãs,

um dos maiores mestres da teologia medieval é Santo Alberto Magno. O título de "grande" (magnus), com que ele passou para a história, indica a amplitude e a profundidade de sua doutrina, que ele associou à santidade da vida. Mas já os seus contemporâneos não hesitavam em lhe atribuir títulos excelentes; um de seus discípulos, Ulrico di Estrasburgo, o define "assombro e milagre de nossa época".

Nascido na Alemanha no início do século XIII, ainda muito jovem dirigiu-se para a Itália, em Pádua, sede de uma das universidades mais famosas da Idade Média. Dedicou-se ao estudo das chamadas "artes liberais": gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria, astronomia e música, isto é, da cultura geral, manifestando aquele típico interesse pelas ciências naturais, que logo se tornaria o campo favorito de sua especialização. Durante a sua estada em Pádua, frequentou a igreja dos Dominicanos, aos quais depois se une com a profissão dos votos religiosos. As fontes hagiográficas inferem que Alberto amadureceu gradualmente essa decisão. O intenso relacionamento com Deus, o exemplo de santidade dos frades dominicanos, a escuta dos sermões do Beato Giordano di Sassonia, sucessor de São Domingos na guia da Ordem dos Pregadores, foram os fatores decisivos que o ajudaram a superar todas as dúvidas, vencendo também as resistências da família. Muitas vezes, nos anos da juventude, Deus nos fala e nos indica o projeto de nossa vida. Como para Alberto, também para todos nós a oração pessoal, nutrida pela Palavra do Senhor, a frequência aos sacramentos e a orientação espiritual de homens iluminados são os meios para descobrir e seguir a voz de Deus. Recebeu o hábito religioso do Beato Giordano di Sassonia.

Depois da ordenação sacerdotal, os superiores o destinaram ao ensinamento em vários centros de estudos teológicos anexados aos conventos dos Padres dominicanos. As brilhantes qualidades intelectuais o permitiram aperfeiçoar o estudo da teologia na universidade mais célebre da época, aquela de Paris. Desde então, Santo Alberto iniciou a extraordinária atividade de escritor, que teria continuidade por toda a vida.

Foram-lhe atribuídas atividades de prestígio. Em 1248, foi encarregado de abrir um studio teológico em Colônia, uma das capitais mais importantes da Alemanha, onde viveu por diversas vezes, e que se tornou sua cidade de adoção. De Paris, levou consigo para Colônia um estudante excepcional, Tomás de Aquino. Bastaria somente o mérito de ter sido mestre de São Tomás para alimentar profunda admiração por Santo Alberto. Entre estes dois grandes teólogos se instaurou uma relação de mútua estima e amizade, atitudes humanas que muito ajudam o desenvolvimento da ciência. Em 1254, Alberto foi eleito Provincial da "Provincia Teutoniae" - teutônica - dos Padres dominicanos, que compreendia comunidades espalhadas pelo vasto território da Europa Central e Europa Setentrional. Ele se distinguiu pelo zelo com que exerceu tal ministério, visitando as comunidades e chamando constantemente os irmãos à fidelidade, aos ensinamentos e ao exemplo de São Domingos.

Seus dons não passaram despercebidos ao Papa daquela época, Alexandre IV, que chamou Alberto, por um tempo, para perto de si em Anagni - onde os Papas se recolhiam com frequência -, em Roma e em Viterbo, para beneficiar-se de seus conselhos teológicos. O mesmo Sumo Pontífice o nomeou Bispo de Ratisbona, uma grande e famosa diocese, que se encontrava, no entanto, em um momento difícil. De 1260 a 1262, Alberto desenvolveu seu ministério com incansável dedicação, conseguindo trazer paz e harmonia à cidade, reorganizar as paróquias e conventos e dar um novo impulso às atividades caritativas.

Nos anos 1263-1264, Alberto pregava na Alemanha e na Bohemia, encarregado pelo Papa Urbano IV, para regressar depois a Colônia e, em seguida, retomar sua missão de professor, estudioso e escritor. Sendo um homem de oração, de ciência e caridade, gozava de grande autoridade em seus discursos, em diversos acontecimentos da Igreja e da sociedade da época: foi sobretudo um homem de reconciliação e de paz em Colônia, onde o Arcebispo havia entrado em acentuado contraste com as instituições da cidade; foi generoso durante o desenvolvimento do II Concílio de Lyon, em 1274, convocado pelo Papa Gregório X para favorecer a união entre a Igreja latina e a grega, após a separação do Grande Cisma do Oriente de 1054; ele esclareceu o pensamento de Tomás de Aquino, que era causa de objeções e mesmo condenações totalmente injustificadas.

Morreu na cela de seu convento da Santa Cruz, em Colônia, em 1280, e logo foi venerado pelos colegas. A Igreja o propôs ao culto dos fiéis com a beatificação, em 1622, e com a canonização, em 1931, quando o Papa Pio XI o proclamou Doutor da Igreja. Foi um reconhecimento, sem dúvida, apropriado para este grande homem de Deus e notável estudioso, não somente das verdades da fé, mas de muitíssimos outros campos do conhecimento; de fato, dando uma olhada nos títulos de numerosíssimas obras, torna-se perceptível que sua cultura teve algo de prodigioso, e que seus interesses enciclopédicos o levaram a se ocupar não apenas com Filosofia e Teologia, como outros contemporâneos, mas também com qualquer outra disciplina então conhecida, da Física à Química, da Astronomia à Mineralogia, da Botânica à Zoologia. Por essa razão, Papa Pio XII o nomeou padroeiro dos que se dedicam às ciências naturais, e é chamado também de "Doctor Universalis", exatamente por causa da amplitude de seus interesses e de seu conhecimento.

Certamente, os métodos científicos empregados por Santo Alberto Magno não são aqueles que prevaleceram nos séculos posteriores. O seu método consistia simplesmente na observação, descrição e classificação dos fenômenos estudados, mas, assim, abriu as portas para os trabalhos futuros.

Ele ainda tem muito a nos ensinar. Sobretudo, Santo Alberto mostra que entre fé e ciência não há oposição, apesar de alguns episódios de incompreensão terem sido registrados na história. Um homem de fé e de oração, como foi Santo Alberto Magno, pode cultivar serenamente o estudo das ciências naturais e progredir na consciência do micro e do macrocosmo, descobrindo as leis próprias da matéria, porque tudo isso ajuda a alimentar a sede e o amor de Deus. A Bíblia nos fala da criação como a primeira linguagem com que Deus - que é a suma inteligência, que é Logos - nos revela algo de si mesmo. O Livro da Sabedoria, por exemplo, afirma que os fenômenos da natureza, dotados de grandeza e beleza, são como as obras de um artista, através dos quais, por analogia, nós podemos conhecer o Autor da criação (cf. Sab 13, 5). Com similaridade clássica na Idade Média e no Renascimento, se pode comparar o mundo natural a um livro escrito por Deus, que nós lemos com base em diferentes abordagens da ciência (cf. Discurso aos participantes da Plenária da Pontifícia Academia das Ciências, 31 de Outubro de 2008). Quantos cientistas, de fato, na esteira de Santo Alberto Magno, levaram adiante a sua investigação inspirados na admiração e gratidão pelo mundo que, aos olhos de estudiosos e crentes, aparecia e aparece como a boa obra de um Criador sábio e amoroso! O estudo científico se transforma, então, em um hino de louvor. O tinha bem compreendido um grande astrofísico de nosso tempo, cuja Causa de Beatificação foi introduzida, Enrico Medi, que escreveu: "Oh, vós, misteriosa galáxia [...] Eu vos vejo, vos calculo, vos entendo, vos estudo e vos descubro, vos penetro e vos recolho. De vós eu tomo a luz e faço ciência, tomo o movimento e o torno sabedoria, tomo o brilho das cores e o torno poesia; eu recolho vossas estrelas em minhas mãos, e tremendo na unidade do meu ser vos alço acima de vós mesmas, e em oração vos ofereço ao Criador, que somente por meu intermédio vós mesmas podeis adorar" (As obras. Hino à criação).

Santo Alberto Magno nos recorda que entre ciência e fé está a amizade, e que os homens de ciência podem percorrer, através da própria vocação ao estudo da natureza, um autêntico e fascinante percurso de santidade.

A sua extraordinária abertura de espírito revela-se também em uma operação cultural que ele empreendeu com sucesso, isto é, na acolhida e valorização do pensamento de Aristóteles. Na época de Santo Alberto, de fato, estava se difundindo a consciência de numerosas obras desse grande filósofo grego, que viveu no século IV antes de Cristo, sobretudo no campo da ética e da metafísica. Tais obras demonstravam a força da razão, explicando com lucidez e clareza o sentido e a estrutura da realidade, a sua inteligibilidade, o valor e a finalidade das ações humanas. Santo Alberto abriu a porta para a recepção completa da filosofia de Aristóteles na filosofia e teologia medieval, uma recepção elaborada de modo definitivo por São Tomás. Essa recepção de uma filosofia, digamos, pagã pré-cristã foi uma autêntica revolução cultural para aquele tempo. Ainda assim, muitos pensadores cristãos temiam a filosofia de Aristóteles, a filosofia não cristã, sobretudo porque, apresentada por seus comentadores árabes, era interpretada de modo a parecer, pelo menos em alguns pontos, como totalmente inconciliável com a fé cristã. Se colocava, então, um dilema: fé e a razão são contraditórias entre si, ou não?

Está aqui um dos grandes méritos de Santo Alberto: com rigor científico, estudou as obras de Aristóteles, convicto de que tudo o que é realmente racional é compatível com a fé revelada na Sagrada Escritura. Em outras palavras, Santo Alberto Magno contribuiu para a formação de uma Filosofia autônoma, distinta da Teologia e unida com ela apenas na unidade da verdade. Assim, nasceu no século XIII uma distinção clara entre estes dois saberes, Filosofia e Teologia, que, no diálogo entre si, cooperam harmoniosamente para a descoberta da autêntica vocação do homem, sedento de Verdade e de felicidade: e é sobretudo a teologia, definida por Santo Alberto "ciência afetiva", aquela que indica ao homem o seu chamado à eterna alegria, uma alegria que brota da plena adesão à verdade.

Santo Alberto Magno foi capaz de comunicar esses conceitos de modo simples e compreensível. Autêntico filho de São Domingos, pregava com alegria ao povo de Deus, que também é cativado por suas palavras e exemplo de vida.

Queridos irmãos e irmãs, rezemos ao Senhor para que não faltem à santa Igreja teólogos doutos, piedosos e sábios, como Santo Alberto Magno, e para que ajude cada um de nós a fazer sua a "fórmula de santidade" que ele seguiu na vida: "Desejar tudo isso que eu desejo para a glória de Deus, como Deus deseja para sua glória tudo aquilo que Ele deseja", isto é, sempre configurar-se à vontade de Deus para desejar e fazer tudo, somente e sempre, para a Sua glória.

Campanha da Fraternidade 2010

(Síntese do texto base publicada pelo Regional Nordeste 1 da CNBB WWW.cnbbne1.org.br)

1. Tema: Economia e Vida

2. Lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt.6,24)

3. Objetivo geral

"Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão".

4. Objetivos específicos

1. Sensibilizar a sociedade sobre a importância de valorizar todas as pessoas que a constituem;
2. Buscar a superação do consumismo, que faz com que ‘ter’ seja mais importante do que as pessoas;
3. Criar laços entre as pessoas de convivência mais próxima em vista do conhecimento mútuo e da superação tanto do individualismo como das dificuldades pessoais;
4. Mostrar a relação entre fé e vida, a partir da prática da justiça como dimensão constitutiva do anúncio do evangelho;
5. Reconhecer as responsabilidades individuais diante dos problemas decorrentes da vida econômica, em vista da própria conversão.

5. Ver a realidade: a vida ameaçada

“Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e dava banquete todos os dias. E um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava caído à porta do rico”
(Lc 16, 19 – 21)

O número de pobres é incontável

  • FAO
    Fome no mundo: 1,02 bilhões
  • IETS Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade: no Brasil
    - 10,7 milhões de indigentes
    - 43,6 milhões de pobres sem acesso às necessidades básicas de alimentação, saúde, habitação, vestuário, educação, transporte, lazer e outras.
  • A globalização e o desenvolvimento não resolveram o problema da justiça social

OS POBRES NÃO SÃO APENAS DESTINATÁRIOS DA NOSSA COMPAIXÃO

Urgência nos processos de inclusão: considerar todas as pessoas; admirar as pessoas por seus diferentes valores; não apenas socorrer: ouvir, levar a sério, valorizar. Pobreza não é fatalidade; havendo uma cooperação solidária, é possível aumentar o desenvolvimento das pessoas em nível: Material, Intelectual, Afetiva, Espiritual; São obstáculos a serem superados: consumismo para satisfazer necessidades e interesse; Maximização do lucro segundo informação da ONU em relação as metas do milênio em 2008, os bancos ganharam mais dinheiro do que todas as nações pobres do mundo em 50 anos; há um desenvolvimento desequilibrado desde os tempos da Colônia: Alto nível e pobreza; reforço da riqueza da classe dominante; analfabetismo e má remuneração.

Desenvolvimento e aumento da dívida pública:

O projeto de industrialização, foi construído na base da cumplicidade entre os detentores do poder e da riqueza do Estado e de dinheiro estrangeiro, à custa de empregados mal renomeados e da massa dos pobres impossibilitado de usufruir dos resultados do crescimento do país. O desenvolvimento fracassou politicamente, mas deixou uma herança de dívidas públicas enormes – interna e externa – que são pagas, direta e indiretamente pela população tanto por meio de elevados impostos, como através de serviço públicos subtraídos ou negados à população. A Auditora da dívida pública prevista na constituição Federal, nunca foi feita.

As grandes dívidas:

Divida interna: Início do governo FHC: R$ 62 bilhões; Início do governo Lula: R$ 687 bilhões; Dezembro de 2008: R$ 1,6 trilhões.
Dívida externa: Dezembro de 2008: US$ 267 bilhões
Constata-se: BA – 1.274.000 de indigentes; MA – 1.078.000 de indigentes; CE – 991.120 indigentes; Fracasso da reforma agrária; Agronegócio acima das necessidades do povo; Corrupção em todos os níveis; 4.800.000 famílias sem terra.

A degradação do meio ambiente:

Brasil: um dos maiores poluidores do mundo pelo desmatamento, as queimadas e segundo a ONG WWF: o Brasil é o quarto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo.

Quanto às condições de trabalho:

A organização do trabalho é precária tanto no trabalho formal, quanto no Trabalho informal, pois ainda há trabalho escravo, sazonal e infantil, além do desemprego e do subemprego que são também estratégias de sobrevivência.

Poder e direitos sociais:

Os processos de desenvolvimento econômico deveriam implicar em uma distribuição dos benefícios, mas deveria haver também uma partilha do poder entre os diversos atores sociais. Assim, haveria uma redução das desigualdades sociais, uma promoção do bem comum e a superação de preconceitos e discriminações.

Qual tem sido a respostas do estado:

Aumento da dívida pública que consome os recursos em pagamento de juros e amortizações e dificulta investimentos na área social.

Orçamento do Estado:

30,57% - dívida pública: 11.73% corresponde a: 4,81% - saúde; 3,08% - Assistência Social 2,57% - educação 0,59% - Segurança Pública; 0,27% - Organização Agrária; 0,02% - Habitação; 0,16% - Gestão Ambiental; 0,12% - Urbanismo; 0,06% - Cultura; 0,05% - Saneamento. Tudo isso se torna mercadoria para o consumismo onde a ganância é ilimitada e a pessoa torna-se meio, pela perda de valores e até a religião torna-se mercadoria, pois existe a teologia da prosperidade. Persiste a cultura do descartável.

NOVOS CAMINHOS E PARTICIPAÇÃO POPULAR

A economia de mercado dita as políticas, reproduzindo uma mentalidade dos grandes e acumulação de riqueza.

É preciso pensar:

Uma educação a partir da realidade em vista da cidadania; os movimentos sociais, as Igrejas, ONGs, Sindicatos e Organizações civis e aparelho estatal tem resistido ao crescimento econômico selvagem sempre defendendo o valor da vida e da dignidade da pessoa. O aparelho estatal não pode ser o único agente de transformação da sociedade.

Apelo às igrejas:

Diz o conselho mundial de Igreja: nós, Igrejas e crentes, somos chamados a encarar a realidade do mundo, a partir da perspectiva das pessoas, particularmente das pessoas oprimidos e excluídos. Somos chamados a sermos comunidades não-conformistas. Libertar-nos da postura imperial dominadora e sermos comunidades transformadoras, porque transformadas pela graça de Deus.

6.JULGAR A REALIDADE À LUZ DA PALAVRA DE DEUS
Individualismo afasta do Projeto de Deus

“Onde está o teu tesouro, ali também está o teu coração” MT 6,21
A Palavra ilumina como agir: uma economia baseada no individualismo e na acumulação de bens materiais afasta radicalmente de Deus porque Deus quer o bem de todos. Ou vivemos solidariamente como irmãos ou seremos todos infelizes num mundo trágico. Deus nos convida a sempre avaliarmos o que fazemos em todos os âmbitos: Social: profetas denunciam poderosos; Comunitário: a diária do trabalhador; Pessoal: fuga da corrupção, prática da partilha e Eclesial: justiça e fraternidade.

A Bíblia e o Bem Comum:

Órfão, viúva e estrangeiro; Atividade econômica e relações com Deus; Ano sabático e jubilar: restauração da justiça e do bem comum; Superação das conseqüências da injustiça social; Deus não quer nenhum de seus filhos sem meios de sobreviver com dignidade e de se desenvolver.

O descanso da terra:

Deus criou o mundo onde nele o homem deveria crescer, multiplicar-se, viver em fraternidade e cuidar da criação, mas como seres criados à imagem e semelhança do Criador, amando o que foi criado, zelando pela criação e não destruí-la ou usar-la de forma irresponsável ou egoísta. De tempos em tempos deve haver um descanso, incluindo a terra.

A Bíblia quer justiça para todos:

A História humana é marcada por ambições, explorações, injustiças, ganância; o respeito ao direito do pobre, nos textos bíblicos é uma exigência de fidelidade a Deus, sem isso, Deus não aceita nenhum tipo de conversa, oração, louvor.

Créditos e juros:

Bíblia tem preocupação com os pobres também quando trata do empréstimo, dos juros e penhores. Os livros do Deuteronômio e Levitico insistem em não emprestar com juros ao pobre. “Dá a quem te pede – dizia Jesus – a quem quer pedir-te emprestado, não vires as costas”. Mt 5,42

Os direitos dos trabalhadores:

Deus se preocupa com o salário a vida de trabalha. Não aceita a exploração do trabalhador. “vede o salário dos operários que fizeram a colheita em vossos campos....Tg 5,4; Deus cobre de bens os famintos e despede os ricos sem nada.

No Reino de deus a lei é a solidariedade:

Artigo 22 da Declaração Universal dos Direitos Humanos: o princípio ético universal. A solidariedade faz da humanidade uma família onde todos se protegem mutuamente: ter um novo olhar para a justiça econômica; parábola dos trabalhadores da vinha; Multiplicação dos pães: partilha; Tive fome e me destes de comer; Filiação divina: exigência de fraternidade e solidariedade;

Recriar e recompor laços:

“O teste da verdadeira organização de um país não é o número de milionários que possui, mas a ausência de fome em sua população”. Ghandi

Experiências de solidariedade:

Ajudas emergenciais; Necessidade de ações transformadoras; Organização civil como complemento às ações governamentais;

No Brasil:

Caritas Brasileira; Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE; Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor – CAPA; Serviço Anglicano de Desenvolvimento – SAD

Ainda:

Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida; Experiências de economia solidária e suas elaborações teóricas; Economia indígena; Iniciativas de economia de comunhão; Campanhas da Fraternidade; Semanas Sociais.

O papel do estado:

Garantir o crescimento e funcionamento do sistema econômico participativo; Ouvir os diferentes setores da sociedade; Reconhecimento do direito universal de proteção social; Justiça tributária; 10% mais pobres: 32,8% de tributos; 10% mais ricos: 22,7%

Os discípulos de jesus e a outra economia:

Economia do Império Romano: resultado de política fiscal fundada nos impostos; A economia cristã: distribuição da riqueza, destinada a socorrer os mais vulneráveis da vida civil e social. Todos os que abraçaram a fé estavam unidos e tudo partilhavam “.....(At 4,32); Quem acumula mais que o necessário pratica crime; História de pecado e de busca de santidade.

7.AGIR PARA TRANSFORMAR:

“Senhor, eu reparto aos pobres a metade dos meus bens e, se prejudiquei alguém, restituo-lhe o quádruplo” (Lc 19, 8)

COMO VIVER HOJE A BOA NOVA DE JESUS?

  • Âmbito social: servir a Deus e não ao dinheiro exige a promoção de políticas que dêem a todos o direito de desenvolver seus elementos e viver dignamente com participação consciente por uma sociedade justa, sabendo escolher os dirigentes do país e com acompanhamento de seus mandatos
  • Âmbito comunitário: está atento ao que acontece à nossa volta; Unir forças na luta por direitos, igualdade e organizar a sociedade.
  • Âmbito eclesial: Serviço a Deus e aos irmãos; Espaço para educação e mobilização conscientizando para uma serviço de causa sociais importante e condizente com o projeto de Deus.
  • Âmbito pessoal: educar-se e educar para o respeito aos direitos de todos, para o cuidado com a natureza e a Justa hierarquia de valores.
  • Profetismo: a humanidade desperta para uma nova existência de solidariedade mundial que exige uma concepção planetária do bem comum para dar início a outra civilização.
  • Denunciamos a perversidade de todo modelo econômico que vise o lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria, fome e morte.
  • Urgência de ações coletivas: Campanha da Fraternidade Ecumênica; Enfrentamento crítico das questões; Economia deve garantir sustentabilidade e qualidade de vida para todos; Linhas de compromisso concreto. È urgente um Diálogo permanente, Articulação das forças sociais e colaboração entre as Igrejas e a sociedade.
  • ECUMENISMO E OPÇÃO PELOS POBRES: Abandonamos a competição entre Igrejas e buscamos a unidade na promoção da economia a serviço da vida, bem a formação de agentes demos exemplo de consumo ético e consciente com trocas solidárias de bens e serviços, de finanças solidárias, criando redes e cadeias produtivas solidárias com meios alternativos de comunicação e diálogo e resistência à teologia da prosperidade. O reino de Deus não é só oração, é também testemunhar no mundo os valores do Evangelho.
  • EDUCAÇÃO PARA A SOLIDARIEDADE: As Igrejas são espaços para processos educativos e desenvolvimento de processos de educação popular, de testemunho de solidariedade e de educação sobre o consumismo, também e sobre tudo para as famílias.
  • QUANTO À ECONOMIA SOLIDÁRIA E COMPROMISSO SOCIAL: São lutas importante para a vida digna: incluir a alimentação adequada entre os direitos previsto na constituição Federal; Erradicar o analfabetismo; eliminar a prática do trabalho escravo; combater o trabalho infantil; denunciar os abusos do mundo do trabalho; garantias legais de trabalho e salário; criação e multiplicação de bancos de microcrédito; criação e multiplicação de bancos comunitários; buscar a superação da pobreza tanto pela política como pela religião; exigência de auditoria da dívida pública; lutar em favor de uma tributação justa e progressiva; exigir políticas econômicas redistributivas; buscar o direito à alimentação que deve ser prioridade política; construir novamente o conselho de Seguridade Social.

    QUANTO AO MEIO AMBIENTE E REFORMA AGRÁRIA

  • Preservar o meio ambiente; Impedir a depredação dos recursos naturais; Garantir o acesso à água; Continuar a luta pela reforma agrária; Mobilização de apoio ao Plebiscito de iniciativa popular pelo Limite de Propriedade da Terra, em defesa da Reforma Agrária e da Soberania Territorial e Alimentar.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Carta Apostólica Rosarium Virginis Marie

Contemplar Cristo com Maria - Carta Apostólica Rosarium Virginis Marie
Escrito por Papa João Paulo II


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Um rosto resplandecente como o sol - 9. « Transfigurou-Se diante deles: o seu rosto resplandeceu como o sol » (Mt 17, 2). A cena evangélica da transfiguração de Cristo, na qual os três apóstolos Pedro, Tiago e João aparecem como que extasiados pela beleza do Redentor, pode ser tomada como ícone da contemplação cristã. Fixar os olhos no rosto de Cristo, reconhecer o seu mistério no caminho ordinário e doloroso da sua humanidade, até perceber o brilho divino definitivamente manifestado no Ressuscitado

glorificado à direita do Pai, é a tarefa de cada discípulo de Cristo; é por conseguinte também a nossa tarefa.


Contemplando este rosto, dispomo-nos a acolher o mistério da vida trinitária, para experimentar sempre de novo o amor do Pai e gozar da alegria do Espírito Santo. Realiza-se assim também para nós a palavra de S. Paulo: « Reflectindo a glória do Senhor, como um espelho, somos transformados de glória em glória, nessa mesma imagem, sempre mais resplandecente, pela acção do Espírito do Senhor » (2Cor 3, 18).

Maria, modelo de contemplação
- 10. A contemplação de Cristo tem em Maria o seu modelo insuperável. O rosto do Filho pertence-lhe sob um título especial. Foi no seu ventre que Se plasmou, recebendo d'Ela também uma semelhança humana que evoca uma intimidade espiritual certamente ainda maior. À contemplação do rosto de Cristo, ninguém se dedicou com a mesma assiduidade de Maria. Os olhos do seu coração concentram-se de algum modo sobre Ele já na Anunciação, quando O concebe por obra do Espírito Santo; nos meses seguintes, começa a sentir sua presença e a pressagiar os contornos. Quando finalmente O dá à luz em Belém, também os seus olhos de carne podem fixar-se com ternura no rosto do Filho, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura (cf. Lc 2, 7).

Desde então o seu olhar, cheio sempre de reverente estupor, não se separará mais d'Ele. Algumas vezes será um olhar interrogativo, como no episódio da perda no templo: « Filho, porque nos fizeste isto? » (Lc 2, 48); em todo o caso será um olhar penetrante, capaz de ler no íntimo de Jesus, a ponto de perceber os seus sentimentos escondidos e adivinhar suas decisões, como em Caná (cf. Jo 2, 5); outras vezes, será um olhar doloroso, sobretudo aos pés da cruz, onde haverá ainda, de certa forma, o olhar da parturiente, pois Maria não se limitará a compartilhar a paixão e a morte do Unigénito, mas acolherá o novo filho a Ela entregue na pessoa do discípulo predilecto (cf. Jo 19, 26-27); na manhã da Páscoa, será um olhar radioso pela alegria da ressurreição e, enfim, um olhar ardoroso pela efusão do Espírito no dia de Pentecostes (cf. Act 1,14).

As recordações de Maria
- 11. Maria vive com os olhos fixos em Cristo e guarda cada palavra sua: « Conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração » (Lc 2, 19; cf. 2, 51). As recordações de Jesus, estampadas na sua alma, acompanharam-na em cada circunstância, levando-a a percorrer novamente com o pensamento os vários momentos da sua vida junto com o Filho. Foram estas recordações que constituíram, de certo modo, o "rosário" que Ela mesma recitou constantemente nos dias da sua vida terrena.

E mesmo agora, entre os cânticos de alegria da Jerusalém celestial, os motivos da sua gratidão e do seu louvor permanecem imutáveis. São eles que inspiram o seu carinho materno pela Igreja peregrina, na qual Ela continua a desenvolver a composição da sua "narração" de evangelizadora. Maria propõe continuamente aos crentes os "mistérios" do seu Filho,desejando que sejam contemplados, para que possam irradiar toda a sua força salvífica. Quando recita o Rosário, a comunidade cristã sintoniza-se com a lembrança e com o olhar de Maria.

Rosário, oração contemplativa - 12. O Rosário, precisamente a partir da experiência de Maria, é uma oração marcadamente contemplativa. Privado desta dimensão, perderia sentido, como sublinhava Paulo VI: « Sem contemplação, o Rosário é um corpo sem alma e a sua recitação corre o perigo de tornar-se uma repetição mecânica de fórmulas e de vir a achar-se em contradição com a advertência de Jesus: "Na oração não sejais palavrosos como os gentios, que imaginam que hão-de ser ouvidos graças à sua verbosidade" (Mt 6, 7). Por sua natureza, a recitação do Rosário requer um ritmo tranquilo e uma certa demora a pensar, que favoreçam, naquele que ora, a meditação dos mistérios da vida do Senhor, vistos através do Coração d'Aquela que mais de perto esteve em contacto com o mesmo Senhor, e que abram o acesso às suas insondáveis riquezas ».(14)

Precisamos de deter-nos neste profundo pensamento de Paulo VI, para dele extrair algumas dimensões do Rosário que definem melhor o seu carácter próprio de contemplação cristológica.

Recordar Cristo com Maria - 13. O contemplar de Maria é, antes de mais, um recordar. Convém, no entanto, entender esta palavra no sentido bíblico da memória (zakar), que actualiza as obras realizadas por Deus na história da salvação. A Bíblia é narração de acontecimentos salvíficos, que culminam no mesmo Cristo. Estes acontecimentos não constituem somente um "ontem"; são também o "hoje" da salvação.

Esta actualização realiza-se particularmente na Liturgia: o que Deus realizou séculos atrás não tinha a ver só com as testemunhas directas dos acontecimentos, mas alcança, pelo seu dom de graça, o homem de todos os tempos. Isto vale, de certo modo, também para qualquer outra piedosa ligação com aqueles acontecimentos: « fazer memória deles », em atitude de fé e de amor, significa abrir-se à graça que Cristo nos obteve com os seus mistérios de vida, morte e ressurreição.

Por isso, enquanto se reafirma, com o Concílio Vaticano II, que a Liturgia, como exercício do ofício sacerdotal de Cristo e culto público, é « a meta para a qual se encaminha a acção da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força »,(15)convém ainda lembrar que « a participação na sagrada Liturgia não esgota a vida espiritual. O cristão, chamado a rezar em comum, deve também entrar no seu quarto para rezar a sós ao Pai (cf. Mt 6, 6); mais, segundo ensina o Apóstolo, deve rezar sem cessar (cf. 1 Tes 5, 17) ».(16)O Rosário, com a sua especificidade, situa-se neste cenário diversificado da oração « incessante », e se a Liturgia, acção de Cristo e da Igreja, é acção salvífica por excelência, o Rosário, enquanto meditação sobre Cristo com Maria, é contemplação salutar. De facto, a inserção, de mistério em mistério, na vida do Redentor faz com que tudo aquilo que Ele realizou e a Liturgia actualiza, seja profundamente assimilado e modele a existência.

Aprender Cristo de Maria - 14. Cristo é o Mestre por excelência, o revelador e a revelação. Não se trata somente de aprender as coisas que Ele ensinou, mas de "aprender a Ele". Porém, nisto, qual mestra mais experimentada do que Maria? Se do lado de Deus é o Espírito, o Mestre interior, que nos conduz à verdade plena de Cristo (cf. Jo 14, 26; 15, 26;16, 13), de entre os seres humanos, ninguém melhor do que Ela conhece Cristo, ninguém como a Mãe pode introduzir-nos no profundo conhecimento do seu mistério.

O primeiro dos "sinais" realizado por Jesus -a transformação da água em vinho nas bodas de Caná - mostra-nos precisamente Maria no papel de mestra, quando exorta os servos a cumprirem as disposições de Cristo (cf. Jo 2, 5). E podemos imaginar que Ela tenha desempenhado a mesma função com os discípulos depois da Ascensão de Jesus, quando ficou com eles à espera do Espírito Santo e os animou na primeira missão. Percorrer com Ela as cenas do Rosário é como frequentar a "escola" de Maria para ler Cristo, penetrar nos seus segredos, compreender a sua mensagem.

Uma escola, a de Maria, ainda mais eficaz, quando se pensa que Ela a dá obtendo-nos os dons do Espírito Santo com abundância e, ao mesmo tempo, propondo-nos o exemplo daquela « peregrinação da fé »,(17)na qual é mestra inigualável. Diante de cada mistério do Filho, Ela convida-nos, como na sua Anunciação, a colocar humildemente as perguntas que abrem à luz, para concluir sempre com a obediência da fé: « Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra » (Lc 1, 38).

Configurar-se a Cristo com Maria - 15. A espiritualidade cristã tem como seu carácter qualificador o empenho do discípulo em configurar-se sempre mais com o seu Mestre (cf. Rom 8, 29; Fil 3, 10.21). A efusão do Espírito no Baptismo introduz o crente como ramo na videira que é Cristo (cf. Jo 15, 5), constitui-o membro do seu Corpo místico (cf. 1 Cor 12, 12; Rom 12, 5). Mas a esta unidade inicial, deve corresponder um caminho de assimilação progressiva a Ele que oriente sempre mais o comportamento do discípulo conforme à "lógica" de Cristo: « Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus » (Fil 2, 5). É necessário, segundo as palavras do Apóstolo, « revestir-se de Cristo » (Rom13, 14; Gal 3, 27).

No itinerário espiritual do Rosário, fundado na incessante contemplação - em companhia de Maria - do rosto de Cristo, este ideal exigente de configuração com Ele alcança-se através do trato, podemos dizer, "amistoso". Este introduz-nos de modo natural na vida de Cristo e como que faz-nos "respirar" os seus sentimentos. A este respeito diz o Beato Bártolo Longo: « Tal como dois amigos, que se encontram constantemente, costumam configurar-se até mesmo nos hábitos, assim também nós, conversando familiarmente com Jesus e a Virgem, ao meditar os mistérios do Rosário, vivendo unidos uma mesma vida pela Comunhão, podemos vir a ser, por quanto possível à nossa pequenez, semelhantes a Eles, e aprender destes supremos modelos a vida humilde, pobre, escondida, paciente e perfeita ».(18)

Neste processo de configuração a Cristo no Rosário, confiamo-nos, de modo particular, à acção maternal da Virgem Santa. Aquela que é Mãe de Cristo, pertence Ela mesma à Igreja como seu « membro eminente e inteiramente singular »(19)sendo, ao mesmo tempo, a "Mãe da Igreja". Como tal, "gera" continuamente filhos para o Corpo místico do Filho. Fá-lo mediante a intercessão, implorando para eles a efusão inesgotável do Espírito. Ela é o perfeito ícone da maternidade da Igreja.

O Rosário transporta-nos misticamente para junto de Maria dedicada a acompanhar o crescimento humano de Cristo na casa de Nazaré. Isto permite-lhe educar-nos e plasmar-nos, com a mesma solicitude, até que Cristo esteja formado em nós plenamente (cf. Gal 4, 19). Esta acção de Maria,totalmente fundada sobre a de Cristo e a esta radicalmente subordinada, « não impede minimamente a união imediata dos crentes com Cristo, antes a facilita ».(20)É o princípio luminoso expresso pelo Concílio Vaticano II, que provei com tanta força na minha vida, colocando-o na base do meu lema episcopal: Totus tuus.(21)Um lema, como é sabido, inspirado na doutrina de S.Luís Maria Grignion de Montfort, que assim explica o papel de Maria no processo de configuração a Cristo de cada um de nós: "Toda a nossa perfeição consiste em sermos configurados, unidos e consagrados a Jesus Cristo.Portanto, a mais perfeita de todas as devoções é incontestavelmente aquela que nos configura, une e consagra mais perfeitamente a Jesus Cristo. Ora, sendo Maria entre todas as criaturas a mais configurada a Jesus Cristo, daí se conclui que de todas as devoções, a que melhor consagra e configura uma alma a Nosso Senhor é a devoção a Maria, sua santa Mãe; e quanto mais uma alma for consagrada a Maria, tanto mais será a Jesus Cristo".(22)Nunca como no Rosário o caminho de Cristo e o de Maria aparecem unidos tão profundamente. Maria só vive em Cristo e em função de Cristo!

Suplicar a Cristo com Maria - 16. Cristo convidou a dirigirmo-nos a Deus com insistência e confiança para ser escutados:« Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á » (Mt 7, 7). O fundamento desta eficácia da oração é a bondade do Pai, mas também a mediação junto d'Ele por parte do mesmo Cristo (cf. 1 Jo 2, 1) e a acção do Espírito Santo, que « intercede por nós » conforme os desígnios de Deus (cf. Rom 8, 26-27). De facto, nós « não sabemos o que devemos pedir em nossas orações » (Rom 8, 26) e, às vezes, não somos atendidos « porque pedimos mal » (Tg 4, 3).

Em apoio da oração que Cristo e o Espírito fazem brotar no nosso coração, intervém Maria com a sua materna intercessão. "A oração da Igreja é como que sustentada pela oração de Maria".(23)De facto, se Jesus, único Mediador, é o Caminho da nossa oração, Maria, pura transparência d'Ele, mostra o Caminho, e "é a partir desta singular cooperação de Maria com a acção do Espírito Santo que as Igrejas cultivaram a oração à santa Mãe de Deus, centrando-a na pessoa de Cristo manifestada nos seus mistérios".(24)Nas bodas de Caná, o Evangelho mostra precisamente a eficácia da intercessão de Maria, que se faz porta-voz junto de Jesus das necessidades humanas: « Não têm vinho » (Jo2,3).

O Rosário é ao mesmo tempo meditação e súplica. A imploração insistente da Mãe de Deus apoia-se na confiança de que a sua materna intercessão tudo pode no coração do Filho. Ela é "omnipotente por graça", como, com expressãoaudaz a ser bem entendida, dizia o Beato Bártolo Longo na sua Súplica à Virgem.(25)Uma certeza esta que, a partir do Evangelho, foi-se consolidando através da experiência do povo cristão. O grande poeta Dante, na linha de S. Bernardo, interpreta-a estupendamente, quando canta: "Donna, se' tanto grande e tanto vali, / che qual vuol grazia e a te não ricorre, / sua disianza vuol volar sanz'ali".(26)No Rosário, Maria, santuário do Espírito Santo (cf. Lc1, 35), ao ser suplicada por nós, apresenta-se em nosso favor diante do Pai que a cumulou de graça e do Filho nascido das suas entranhas, pedindo connosco e por nós.

Anunciar Cristo com Maria - 17. O Rosário é também um itinerário de anúncio e aprofundamento, no qual o mistério de Cristo é continuamente oferecido aos diversos níveis da experiência cristã. O módulo é o de uma apresentação orante e contemplativa, que visa plasmar o discípulo segundo o coração de Cristo. De facto, se na recitação do Rosário todos os elementos para uma meditação eficaz forem devidamente valorizados, torna-se, especialmente nacelebração comunitária nas paróquias e nos santuários, uma significativa oportunidade catequética que os Pastores devem saber aproveitar. A Virgem do Rosário continua também deste modo a sua obra de anúncio de Cristo. A história do Rosário mostra como esta oração foi utilizada especialmente pelos Dominicanos, num momento difícil para a Igreja por causa da difusão da heresia. Hoje encontramo-nos diante de novos desafios. Porque não retomar na mão o Terço com a fé dos que nos precederam? O Rosário conserva toda a sua força e permanece um recurso não descurável na bagagem pastoral de todo o bom evangelizador.



I Capítulo - Carta Apostólica Rosarium Virginis Marie

João Paulo II

quinta-feira, 18 de março de 2010

Vocação: chamado de Deus

Vocacionados, são chamados antes de tudo à santidade

Vocação significa chamado: Alguém chama e alguém é chamado. Há uma ligação íntima entre aquele que vocaciona e aquele que é vocacionado ou chamado. Quem vocaciona dá a vocação e alimenta a chama do vocacionado.

A vocação, sem a qual nenhuma outra nos enriqueceria, é o chamado a existir, à vida. A vida humana, segundo a Palavra revelada, é dom sagrado, precioso e sublime do amor de Deus. Eis o que afirma a Bíblia: Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. (Gen 1)

A Bíblia ratifica a Vocação à vida humana como Dom de Deus a cada pessoa e diz categoricamente que “o Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gen 2,7).

A imagem bíblica deixa clara a procedência da vida humana, matéria trabalhada pelas mãos do criador e pelo sopro vivificante do Espírito de Deus moldando à criatura humana em uma unidade perfeita, distinta e diferente Dele, mas criada à sua imagem e semelhança.

Somos chamados à vida, ou seja, a sua, a minha, as nossas vidas são dons de Deus, nós apenas as recebemos da gratuidade de seu amor. Mas… vida dada, vida recebida, o que fazer com a vida? Só temos uma vida e precisamos usá-la bem.

É necessário canalizá-la, a partir da nossa liberdade, iluminada pela fé e em diálogo com a Igreja, para objetivos que discernimos como “a vontade de Deus para nós” .Vocação é um desígnio pessoal do amor de Deus para cada pessoa. Quando Deus nos chamou à vida, no seu coração de Pai, Ele já guardava desde toda a Eternidade um estado de vida, uma graça para enriquecer a pessoa e enviá-la à missão.

Vocação e missão se encontram estreitamente ligados. Por isso, o que importa é discernir a vontade de Deus e abraçá-la. Se esta for o casamento, vamos assumí-la, se for o sacerdócio ou a vida religiosa ou mesmo consagrados como casados, assumamos a postura de Maria: “Faça-se em mim segundo a vossa Palavra”( Lc 1, 38 ).

Na grande vocação cristã há um chamado de Deus dirigido a todos: “sede santos porque eu sou Santo”. No Novo Testamento está escrito “a vontade de Deus é a vossa santificação”. Religiosos, padres e leigos vocacionados, são chamados antes de tudo à santidade.

Jesus nos ilumina para discernir a vontade de Deus, propondo o caminho do amor: “A quem me ama eu me manifestarei”. A vocação à santidade é para todos, ninguém está excluído. No céu entra quem, aceitando o chamado de Deus, se deixa conduzir pelo Espírito Santo e se assemelha, no coração e na prática da vida, a Jesus, aqui na terra.

Mas, vocação, no caminho da Igreja, é chamado de Deus, graça que enriquece o batizado e o convida para uma consagração e uma missão. O primado do ser sobre o ter é o reconhecimento do sentido da vida como o chamado do amor gratuito de Deus, como dom livre e responsável de si mesmo aos outros em Cristo e na atitude evangélica de serviço de Maria. Não fostes vós que me escolhestes mas eu que vos escolhi” (Jo 15,16).

Vocacionados ao sacerdócio, à vida religiosa sob os mais diversos carismas são sempre pessoas amadas pessoalmente por Deus e candidatos à consagração. Ainda hoje Deus continua chamando. Qual sua resposta a Jesus que te chama?

Dom José Palmeira Lessa
Arc. Metropolitano de Aracaju - SE

VOCAÇÃO

Vocação

A graça da vocação é uma iniciativa amorosa de Deus: "Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi" (João 15,16)
A graça da vocação é uma iniciativa amorosa de Deus: "Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi" (João 15,16)
Vocações
Vida
Matrimônio
Canção Nova
Obra de Maria
Salesianos



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Seja para constituir família, viver exclusivamente para Deus ou para doar a vida por uma missão, todos os cristãos possuem uma vocação. Ela é o chamado do Pai, cuja finalidade é a realização plena da pessoa humana. É um gesto gracioso do Senhor que visa a plena humanização do homem. É dom, graça, eleição cuidadosa, visando a construção do Reino dos Céus. Para compreendermos em profundidade o significado dessa iniciativa divina, precisamos fazer a distinção entre: Vocação Fundamental e Vocação Específica.


  • Vocação Fundamental: Entendemos por vocação fundamental o chamado de cada pessoa à vida, a ser Filho de Deus, a ser cristão, a ser Igreja. É um chamado a desenvolvermos plenamente todas as nossas potencialidades. As vocações específicas derivam da vocação fundamental.


  • Vocação Específica: Entendemos por vocação específica a maneira própria de como cada pessoa realiza a sua vocação fundamental, como leigo, sacerdote ou religioso. As vocações específicas são três: laical, religiosa e sacerdotal.


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Vocação específica

No que diz respeito à teologia das vocações específicas, convém observar o seguinte:


Vocação Laical

O carisma da vocação laical ocupa um lugar central na Igreja, pois a define para o mundo. Outras vocações não têm essa centralidade. O leigo tem carisma e função para libertar a secularidade do mundo, mediante o anúncio de Jesus Cristo, de modo a fazer com que o mundo tenha autonomia. Ele tem a missão de fazer com que o mundo entre em comunhão com o mistério que a Igreja representa.


A vocação laical tem sua origem nos sacramentos do batismo e da crisma. O cristão leigo tem o papel de libertar o mundo da secularidade, dos falsos ídolos e de todas as prisões que oprimem e destroem a pessoa humana. Vivendo no mundo como solteiro, casado ou consagrado (de maneira individual ou num instinto secular), os leigos são fermento na massa, sal e luz do mundo. Na vocação laical temos o estado de vida matrimonial. Chamados a ser pai, a ser mãe, a gerar vida, a constituir família. A família é chamada a constituir a Igreja doméstica.


Vocação Religiosa

O carisma da vida religiosa está orientado também para o mundo. Demonstra o contraste, não é fuga, mas compromisso. A vocação religiosa é assumida por homens e mulheres que foram chamados a testemunhar Jesus Cristo de uma maneira radical. É a entrega da própria vida a Deus. Essa vocação existe desde o início do Cristianismo: vida eremítica, monástica e religiosa. Nesses dois mil anos de história surgiram inúmeras ordens, congregações, institutos seculares e sociedades de vida apostólica.


Os religiosos vivem:


a) Como testemunhas radicais de Jesus Cristo;

b) Como sinais visíveis de Cristo libertador;

c) A total disponibilidade a Deus, à Igreja e aos irmãos e irmãs;

d) A total partilha dos bens;

e) O amor sem exclusividades;

f) A consagração a um carisma específico;

g) Numa comunidade fraterna;

h) A dimensão profética no meio da sociedade;

i) Assumem uma missão específica;


Vocação Sacerdotal

O sacerdócio fundamental é comum a todo cristão leigo. Cristo fez do novo povo um reino de Ssacerdotes para Deus Pai (cf. Ap 1,6). Pelo Batismo todos participam da dimensão sacerdotal de Cristo (LG 27). O sacerdócio ministerial, pelo poder conferido, forma e rege o povo sacerdotal, realiza o Sacrifício Eucarístico na pessoa de Cristo e O oferece a Deus em nome de todo o povo (LG 28).


O ministério ordenado (carisma próprio do diácono, presbítero e bispo) é uma vocação carismática particular. O Espírito Santo - concede esta vocação a alguém e esta vocação converte-se em função. Um carisma que se converte em ministério. Ratifica-se após a imposição das mãos do bispo.


O presbítero é chamado a assumir o ministério hierárquico na Igreja como serviço aos irmãos. Esse ministério surgiu na geração apostólica quando os apóstolos se preocuparam pela continuidade das comunidades. Assim como não poderia existir comunidade primitiva sem apóstolo, da mesma forma não pode existir comunidade cristã sem sacerdote.


Mês das Vocações

O mês de agosto é dedicado à reflexão sobre as vocações em geral. Normalmente a própria liturgia da Palavra de cada dia, em especial a dos domingos, dá o tema principal da reflexão e meditação trazida para alimento do povo de Deus. É costume, neste mês, comemorarmos as diversas vocações a cada semana:



  • Segundo domingo: por imitação do segundo domingo de maio - no qual é comemorado o Dia das Mães - temos o Dia dos Pais. Sabemos que no Brasil esse dia é comemorado porque antigamente no dia 16 de agosto celebrava-se o dia de São Joaquim, pai de Nossa Senhora e, por isso, adotou-se esse dia e depois o domingo para essa comemoração. Devido a esse fato, nesta data é comemorada a vocação matrimonial.


  • Terceiro domingo: recorda-se a vocação à vida consagrada: religiosos, religiosas, consagradas e consagrados nos vários institutos e comunidades de vida apostólica e também nas novas comunidades. Essa recordação é feita porque no dia 15 de agosto celebramos o Dia da Assunção de Maria aos céus, solenidade que aqui no Brasil é transferida para o domingo seguinte.


  • Quarto domingo: é nesta data que se comemora o Dia do Catequista, daí a comemoração do dia da vocação do cristão leigo na Igreja, tanto na sua presença na Igreja como também em seu testemunho nos vários ambientes de trabalho e vida. O dia do cristão leigo voltará a ser comemorado no último domingo do ano litúrgico, domingo de Cristo Rei.


Ao participarmos dessas celebrações não podemos nos esquecer da vocação primeira e mais importante de todas: a vocação à vida cristã e, consequentemente, à santidade! Todos somos vocacionados à santidade e fora desse caminho não temos como viver bem qualquer que seja a nossa vocação pessoal.


Vocação e missão. É tudo igual?

Em latim, vocação significa “chamar”. Sendo assim, Deus chama a mim, a você, ao nosso grupo, nos convidando ao serviço, à doação, à entrega. Nesse chamado, o que Ele mais quer é que nós estejamos junto d'Ele, de Seu Filho Jesus e do Espírito Santo, participando do amor dessa Família do céu e da nossa comunidade. O Todo-poderoso nos chama, mas nos dá também os carismas e as qualidades de que precisamos para assumir esse chamado.


A palavra missão também vem do latim e significa "enviar". É Jesus quem nos envia, como Ele mesmo falou: “Vão e façam meus discípulos todos os povos, ensinando a respeitar tudo o que vos ensinei” (cf. Mt 28,19-20). Não existe chamado sem missão, como também não existe missão se não houver quem possa realizá-la. Explicando melhor: a vocação, como vimos, é um chamado de Deus para servirmos a todos os irmãos. Esse serviço é a missão. Podemos concluir que vocação e missão não são a mesma coisa, mas elas estão muito ligadas, sendo consequência uma da outra.


Vocações na Bíblia


Referências bibliográficas


Veja também