domingo, 28 de fevereiro de 2010

SCJ

Sagrado Coração de Jesus

Ó dulcíssimo Jesus, ó Redentor do gênero humano, lançai um olhar sobre nós, humildemente prostrados diante do vosso altar. Somos vossos e vossos queremos ser; e para podermos viver mais estreitamente unidos a Vós, eis que cada um de nós se consagra ao vosso Sacratíssimo Coração. Muitos, porém, já não Vos conhecem; muitos, ao desprezar os vossos mandamentos, repudiam-Vos. O benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros; e atraí todos ao Vosso Coração Santíssimo.

Oh Senhor, sê o Rei não só dos fiéis que não se distanciaram de Vós, mas também destes filhos pródigos que Vos abandonaram; fazei com que estes retornem à casa paterna o quanto antes para não morrerem de miséria e fome. Sê o Rei de todos os que vivem no engano do erro ou que por discordarem de Vós se separaram; chamai-os ao porto da verdade e da unidade da Fé para que assim, em breve, não haja mais que um só rebanho sob um só Pastor.

Sê finalmente o Rei de todos os que estão envoltos nas superstições do paganismo e não recuseis tirá-los das trevas para traze-los à luz do Reino de Deus.

Obtende, oh Senhor, a integridade e liberdade segura para a vossa Igreja; dai a todo o povo a tranqüilidade da ordem; fazei com que de uma extremidade à outra da terra ressoe esta única voz: “Seja louvado este Coração do qual provém a nossa salvação; a Ele a glória e a honra pelos séculos. Amém!” (11).


11. “Annum Sacrum”, Carta Encíclica de Leão XIII sobre a Consagração da Humanidade ao Sagrado Coração de Jesus, 25 de Maio de 1899

SCJ

A grande promessa: a Eucaristia

Entre as muitas e ricas promessas que Jesus Cristo fez aos que fossem devotos de seu Sagrado Coração, sempre chamou a atenção a que fez aos que comungassem em sua honra as nove primeiras sextas-feiras do mês seguidos. É tal, que todos a conhecem com o nome da Grande Promessa.

A Devoção ao Coração divino de Jesus Cristo começou a ser praticada, em sua essência, já no início da Igreja, pois os Santos tiveram muito presente, ao honrar a Jesus Cristo, que tinha manifestado seu Coração, símbolo de seu amor em momentos augustos. Contudo, esta devoção, em sua forma atual, deve-se às revelações que o próprio Cristo fez a Santa Margarida Maria (1649-1690), sobretudo quando em 16 de junho de 1657, descobrindo seu Coração, disse-lhe:

"Eis aqui este Coração que amou tanto aos homens, que não omitiu nada até esgotar-se e consumir-se para manifestar-lhes seu amor, e por todo reconhecimento, não recebe da maior parte mais que ingratidão, desprezo, irreverências e tibieza que têm para mim neste sacramento de amor".

Então foi quando Jesus deu a sua servidora o encargo de que se tributasse culta a seu Coração e a missão de enriquecer ao mundo inteiro com os tesouros desta devoção santificadora. O objeto e fim desta devoção é honrar o Coração adorável de Jesus Cristo, como símbolo do amor de um Deus para nós; e a vista deste Sagrado Coração, abrasado de amor pelo homens, e ao mesmo tempo desprezado por estes, nos deve mover a amá-lo e a reparar a ingratidão de que é objeto.

Entre as práticas que compreende esta devoção, conformes com o fim da mesma, sobressai a da Comunhão das nove primeiras sextas-feiras do mês, para conseguir além da graça da penitência final, segundo a promessa feita pelo próprio Sagrado Coração a Santa Margarida Maria, para todos os fiéis.

Eis aqui a promessa:

Uma Sexta feira, durante a Sagrada Comunhão, disse estas palavras a sua devota serva:

"Eu te prometo, na excessiva misericórdia de meu Coração, que meu amor todopoderoso concederá a todos os que comungarem nove primeiras sextas feiras do mês seguidos a graça final da penitência; não morrerão em pecado nem sem receber os sacramentos, e meu divino Coração lhe será asilo seguro naquele último momento".

O que é necessário fazer para obter esta graça:

Comungar nove primeiras sextas-feiras do mês seguidos em graça de Deus, com intenção de honrar ao Sagrado Coração de Jesus.

Como pode ser feita:

Pela manhã pode ter a Comunhão geral em boa hora, e à tarde uma função mais ou menos breve e solene ao Coração de Jesus expondo ao Santíssimo, explicando ou lendo a intenção do mês, o algo sobre ela, rezando as ladainhas ou algum ato de desagravo ou de consagração. Caso de se poder fazer isto à tarde, pode ser feito tudo pela manhã na Missa de Comunhão ou na Missa vespertina se houver.

Quando não há função ou culto público ou não se pode assistir a ele, faça-o em particular o que se faz por outros em público. Para o qual se pode rezar a oração que segue adiante, e além disso as ladainhas do Coração de Jesus ou alguma consagração ao Coração de Jesus.

Sagrado Coração de Jesus

Promessas

Principais promessas feitas pelo Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarita de Alacoque:

  1. Às almas consagradas a meu Coração, lhes darei as graças necessárias para seu estado.
  2. Darei paz às famílias.
  3. As consolarei em todas suas aflições.
  4. Serei seu amparo e refúgio seguro durante a vida, e principalmente na hora da morte.
  5. Derramarei bênçãos abundantes sobre seus projetos.
  6. Os pecadores encontrarão em meu Coração a fonte e o oceano infinito de misericórdia.
  7. As almas tíbias se tornarão fervorosas.
  8. As almas fervorosas serão rapidamente elevadas a grande perfeição.
  9. Abençoarei as casas em que a imagem de meu Sagrado Coração estiver exposta e for honrada.
  10. Darei aos sacerdotes a graça de mover os corações empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção, terão escrito seu nome em meu Coração e jamais será apagado dele.
  12. A todos os que comungarem nove primeiras Sextas-feiras do mês contínuos, o amor onipotente de meu Coração lhes concederá a graça da perseverança final.

Sagrado Coração de Jesus

Consagração da Família aos
Sagrados Corações de Jesus e Maria

Santíssimos corações de Jesus e Maria,
unidos no amor perfeito,
como nos olhais com carinho e misericórdia,
consagramos nossos corações,
nossas vidas, e nossas famílias a Vós.

Conhecemos que o belo exemplo
de Vosso lar em Nazaré foi um modelo
para cada uma de nossas famílias.
Esperamos obter, com Vossa ajuda,
a união e o amor forte e perdurável
que vos destes.

Que nosso lar seja cheio de alegria.
Que o afeto sincero, a paciência, a tolerância,
e o respeito mútuo sejam dados livremente a todos.

Que nossas orações
incluam as necessidades dos outros,
não somente as nossas.
E que sempre estejamos próximos dos sacramentos.

Abençoai a todos os presentes
e também aos ausentes,
tantos os vivos como os defuntos;
que a paz estejam conosco,
e quando formos provados,
concedei a resignação cristã
à vontade de Deus.

Mantende nossas famílias perto
de Vossos Corações;
que Vossa proteção
especial esteja sempre conosco.

Sagrados Corações de Jesus e Maria,
escutai nossa oração.
Amém.

Sagrado Coração de Jesus

Ato para desagravar e consagrar-se ao Sagrado Coração

Ó Coração clementíssimo de Jesus, divino propiciatório pelo qual prometeu o Eterno Pai que ouviria sempre nossas orações! Eu me uno a Vós para oferecer a Vosso Eterno Pai este meu pobre e mesquinho coração, contrito e humilhado em seu divino acatamento, e desejo reparar prontamente suas ofensas, em especial as que recebeis continuamente na Eucaristia, e as que eu por minha desgraça também tenho cometido.

Quisera, divino Coração, lavar com lágrimas e apagar com sangue de minhas veias a ingratidão com que todos pagamos vosso terno amor. Junto a minha dor, ainda que leve, com aquela angustia mortal que fizeste com que vós, no horto, suasse sangue apenas com a memória de nossos pecados.

Oferecei-o, Senhor, ao Vosso Eterno Pai unido a vosso amabilíssimo Coração. Dai-lhe infinitas graças pelos grandes benefícios que nos faz continuamente, e supra vosso amor a nossa ingratidão e esquecimento.

Concedei-me a graça de apresentar-me sempre com grande veneração ante o acatamento de vossa divina Majestade, para ressarcir de algum modo as irreverências e ultrajes que em vossa presença me atrevi a cometer, e que de hoje em diante em ocupe com todo meu contato, em atrair com palavras e exemplos muitas almas que o conheçam e gozem as delícias de vosso coração.

A partir deste momento me ofereço e dedico totalmente a dilatar a glória deste sacratíssimo e dulcíssimo Coração. Escolho-o como alvo de todos meus afetos e desejo, e a partir de agora para sempre constituo nele minha perpétua morada, reconhecendo-o, adorando-o e amando-o com todos meus anseios, como que é o Coração de meu amabilíssimo Jesus, de meu Rei e Soberano Dono, Esposo de minha alma, Pastor e Mestre, verdadeiro amigo, amoroso Pai, Guia seguro, firme Amparo e Bem-aventurança. Amém

Sagrado Coração de Jesus

Consagração ao Sagrado Coração

Me entrego e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, minha pessoa e vida, ações, dores e sofrimentos para que utilize meu corpo somente para honrar, amar e glorificar ao Sagrado Coração.

Este é meu propósito definitivo, único, ser todo d'Ele, e fazer tudo por amor a Ele, e ao mesmo tempo renunciar com todo meu coração qualquer coisa que não lhe compraz, além de tomar-te, Ó Sagrado Coração, para que sejas ele o único objeto de meu amor, o guardião de minha vida, meu seguro de salvação, o remédio para minhas fraquezas e inconstância, a solução aos erros de minha vida e meu refúgio seguro à hora da morte.

Seja, Ó Coração de Bondade, meu intercessor ante Deus Pai, e livra-me de sua sabia ira. Ó Coração de amor, ponho toda minha confiança em ti, temo minhas fraquezas e falhas, mas tenho esperança em tua Divindade e Bondade.

Tira de mim tudo o que está mal e tudo o que provoque que não faça tua santa vontade, permite a teu amor puro a que se imprima no mais profundo de meu coração, para que eu não me esqueça nem me separe de ti.

Que eu obtenha de tua amada bondade a graça de Ter meu nome escrito em Teu coração, para depositar em ti toda minha felicidade e glória, viver e morrer em tua bondade. Amém

Santa Margarida Maria Alacoque

Sagrado Coração de Jesus

História

Os Santos Padres muitas vezes falaram do Coração de Cristo como símbolo de seu amor, tomando-o da Escritura: "Beberemos da água que brotaria de seu Coração....quando saiu sangue e água" (Jo 7,37; 19,35).

Na Idade Média começaram a considera-lo como modelo de nosso amor, paciente por nossos pecados, a quem devemos reparar entregando-lhe nosso coração (santas Lutgarda, Matilde, Gertrudes a Grande,Margarita de Cortona, Angela de Foligno, São Boaventura, etc.).

No século XVII estava muito expandida esta devoção. São João Eudes, já em 1670, introduziu a primeira festa pública do Sagrado Coração.

Em 1673, Santa Margarida Maria de Alocoque começou a ter uma série de revelações que a levaram à santidade e ao impulso de formar uma equipe de apóstolos desta devoção. Com seu zelo conseguiram um enorme impacto na Igreja.

Foram divulgados inúmeros livros e imagens. As associações do Sagrado Coração subiram em um século, desde meados do XVIII, de 1000 a 100.000. umas vinte congregações religiosas e vários institutos seculares foram fundados para estender seu culto de mil formas.

O apostolado da Oração, que pretende conseguir nossa santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta devoção, contava já em 1917 com 20 milhões de associados. E em 1960 chegava ao dobro em todo o mundo, passando de um milhão na Espanha; suas 200 revistas tinham 15 milhões de inscrições. A maior instituição de todo o mundo.

A Oposição a este culto sempre foi grande, sobretudo no século XVIII por parte dos jansenistas, e recebeu um forte golpe com a supressão da Companhia de Jesus (1773).
Na Espanha foram proibidos os livros sobre o Sagrado Coração. O imperador da Áustria deu ordem que desaparecessem suas imagens de todas as Igrejas e capelas. Nos seminários era ensinado: "a festa do Sagrado Coração provocou um grave mancha sobre a religião".

A Europa oficial rejeitou o Coração de Cristo e em seguida foi assolada pelos horrores da Revolução francesa e das guerras napoleônicas. Mas depois da purificação, ressurgiu de novo com mais força que nunca.

Em 1856 Pio IX estendeu sua festa a toda a Igreja. Em 1899 Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus (o Equador tinha se consagrado em 1874).

E a Espanha em 1919, em 30 de maio, também se consagrou publicamente ao Sagrado Coração no Monte dos Anjos. Onde foi gravado, sob a estátua de Cristo, aquela promessa que fez ao pai Bernardo de Hoyos, S. J., em 14 de maio de 1733, mostrando-lhe seu Coração, em Valladolid (Santuário da Grande Promessa), e dizendo-lhe: "Reinarei na Espanha com mais Veneração que em muitas outras partes" (Até então a América também era Espanha).

Ato de Entrega

Acto de Entrega – 25 de Março de 1984



A família é o coração da Igreja. Eleve-se hoje deste coração um acto de particular entrega ao Coração da Mãe de Deus.
No Ano Jubilar da Redenção queremos confessar que o Amor é maior que o pecado e que todos os males que ameaçam o homem e o mundo.
Com humildade invocamos este Amor:

1. “À vossa protecção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus”!
Ao pronunciar estas palavras da antífona com que a Igreja de Cristo reza há séculos, encontramo-nos hoje diante de Vós, ó Mãe, no Ano Jubilar da nossa Redenção.
Estamos aqui unidos com todos os pastores da Igreja por um vínculo particular, pelo qual constituímos um corpo e um colégio, do mesmo modo que os Apóstolos, por vontade de Cristo, constituíram um corpo e um colégio com Pedro.
No vínculo desta unidade, pronunciamos as palavras do presente Acto, no qual desejamos incluir, uma vez mais, as esperanças e as angústias da Igreja pelo mundo contemporâneo.
Há quarenta anos atrás, e depois ainda passados dez anos, o Vosso servo o Papa Pio XII, tendo diante dos olhos as dolorosas experiências da família humana, confiou e consagrou ao Vosso Coração Imaculado todo o mundo e especialmente os Povos que, pela situação em que se encontram, são particular objecto do Vosso amor e da Vossa solicitude.
É este mundo dos homens e das nações que nós temos diante dos olhos também hoje: o mundo do Segundo Milénio que está prestes a terminar, o mundo contemporâneo, o nosso mundo!
A Igreja, lembrada das palavras do Senhor: “Ide… e ensinai todas as nações… Eis que eu estou convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt. 28, 19-20), reavivou, no Concilio Vaticano Segundo, a consciência da sua missão neste mundo.
Por isso, ó Mãe dos Homens e dos povos, Vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o nosso mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos directamente ao Vosso Coração; e abraçai, com o amor da Mãe e da Serva do Senhor, este nosso mundo humano, que Vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos.
De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações, que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade.
“À Vossa protecção nos acolhemos Santa Mãe de Deus!” Não desprezeis as nossas súplicas que a vós elevamos, nós que estamos em provação!

2. Encontrando-nos hoje diante de Vós, Mãe de Cristo, diante do Vosso Coração Imaculado, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos com a consagração que, por nosso amor, o Vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: “Por eles eu consagro-me a Mim mesmo – foram as suas palavras – para eles serem também consagrados na verdade (Jo. 17,19).
Queremos unir-nos ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu Coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e de conseguir a reparação.
A força desta consagração permanece por todos os tempos e abrange todos os homens, os povos e as nações; e supera todo o mal, que o espírito das trevas é capaz de despertar no coração do homem e na sua história, e que, de facto, despertou nos nossos tempos.
Oh! quão profundamente sentimos a necessidade de consagração, pela humanidade e pelo mundo: pelo nosso mundo contemporâneo, em união com o próprio Cristo! Na realidade, a obra redentora de Cristo deve ser pelo mundo participada por meio da Igreja.
Manifesta-o o presente Acto da Redenção; o Jubileu extraordinário de toda a Igreja.
Sede bendita, neste Ano Santo, acima de todas as criaturas, Vós, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento divino!
Sede louvada, Vós que estais inteiramente unida à consagração redentora do Vosso Filho!
Mãe da Igreja! Iluminai o Povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade! Iluminai de modo especial os povos dos quais esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo pela inteira família humana do mundo contemporâneo.

3. Confiando-Vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no Vosso Coração materno.
Oh, Coração Imaculado! Ajudai-nos a vencer a ameaça do mal que tão facilmente se enraíza nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a nossa época e parece fechar os caminhos do futuro!
Da fome e da guerra livrai-nos!
Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável e de toda a espécie de guerra, livrai-nos!
Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos!
Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos!
De todo o género de injustiças na vida social, nacional e internacional, livrai-nos!
Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos!
Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos!
Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos!
Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos!
Acolhei, ó Mãe de Cristo, este clamor carregado de sofrimento de todos os homens!
Carregado do sofrimento de sociedades inteiras!
Ajudai-nos com a força do Espírito Santo a vencer todos os pecados: o pecado do homem e o “pecado do mundo”, enfim, o pecado em todas as suas manifestações.
Que se revele, uma vez mais, na história do mundo a infinita potência salvífica da Redenção: a força infinita do Amor Misericordioso! Que ele detenha o mal! Que ele transforme as consciências! Que se manifeste para todos, no Vosso Coração Imaculado, a luz da Esperança!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Quaresma

Vivendo uma Verdadeira Quaresma

Liturgia

26-02-2009

Este texto é a transcrição da pregação sobre a Quaresma no Renascer do Rio. Mantido o tom coloquial.


Vamos ler juntos o Evangelho de São Lucas 4,1-12 (Quando Jesus esteve no deserto).

Nesta pequena motivação que vamos fazer agora, nós queremos mergulhar nesta palavra, pois a partir de amanhã se aproxima um tempo muito precioso para nossa Igreja. É a Quaresma. É um retiro no qual imitamos o senhor Jesus, vivendo o mistério que Ele viveu. E se nós queremos uma primeira direção, é exatamente esse versículo. Ele, conduzido pelo Espírito Santo, atravessou o deserto. Aqui começamos a entender qual o projeto de Deus. O projeto de Deus para nós nesse período. Nesses dias falamos de santidade, e desse novo ardor na evangelização. Tanto você que é “o Imaculado” como “o orgulhoso” que está seu lado, sabe das nossas fraquezas. Assumimos quem nós somos: Imaculados ou orgulhosos. Mas a nossa alma deseja esse encontro com Deus e pergunta: “Senhor eu não te encontro. Por que te ocultas? Por que te escondes?” Muitas vezes buscamos a Deus assim. Ele se esconde. Quando você diz isso, Ele responde: “Eu me escondo pra você me procurar melhor. Para que sua busca seja mais saudável. E para que você me encontre de fato”. Onde eu te procuro quando vc se esconde? “Nas profundezas da sua alma. No segredo do seu coração. Onde eu gosto de me refugiar”.

Quando pensamos em Quaresma, achamos que é penitência, jejum, deixar de tomar coca-cola, deixar de ir pro "Shaika", não tomar sorvete, andar 10 quarteirões em vez de 8. Achamos que é isso. Ficamos num ritualismo. Deus se esconde na nossa alma. Muitos santos aproveitavam a Quaresma para uma profunda conversão, Kenosys. Um profundo esvaziamento espiritual. Há revisão de vida, penitência, esmola, caridade, mas nós precisamos que o esconderijo preferido de Jesus seja no íntimo do nosso coração.

Onde é o esconderijo de Jesus? Na intimidade do seu (teu) coração. Para uma boa Quaresma, fazemos o silêncio. Este vale mais que o jejum. Faz aí pro “imaculado”, fecha a boca dele. Não é ser um grosso, e parar de dizer “Oi, tudo bem” ou “Como vai?”. Período de Quaresma é período de silêncio. Para podermos escutar a Deus. Jejum da língua. Lembra da língua? Onde ela leva? Pro inferno! Se não tomar cuidado. Faça jejum da língua. Se retire em silêncio nesta Quaresma. Deixe que os outros falem. Deixe principalmente que Deus fale. Deixe esse propósito ser de dentro pra fora. A vontade de Deus tem que calar o nosso coração. Silêncio. Esse é o primeiro aspecto para escutar mais a Deus. A gente começa a entender um pouco das tentações de Jesus no deserto. A sede de querer "fazer" (fazer muitas coisas, agir, produzir). Mesmo no reino de Deus queremos "fazer" para mostrar para os outros que sabemos "fazer". É preciso este escutar de Deus para que essa sede de poder perca suas forças. Cuidado, o demônio quis oferecer o poder até para quem era O Poder.

O silêncio nos interioriza mais. E sabemos de onde vem os pensamentos. Há uma tendência dos pensamentos virem de quem nos ama, Deus. Nesse período de retiro, vamos buscar o silêncio do nosso interior. Você tem noção de como fazer isto? Fale aí pro “orgulhoso do teu lado”. Lembre-se de que Elias procurou Deus no vendaval, mas só O encontrou na brisa suave.

Não fale das pessoas. Não fale mal das pessoas. Não fale mal das pessoas. Não fale mal das pessoas. Não fale mal das pessoas. Diz isso pro orgulhoso. Não falar mal da Igreja. Não falar mal do pároco. Não falar mal do seu grupo de oração. Não falar mal da sua comunidade. Porque quando fazemos isso, nos colocamos no lugar do fariseu. Na Quaresma, Deus se decide por nós. Por cada um dos fiéis. Para que eles possam viver a mesma experiência que Ele viveu. É sem duvida um período de muita tentação. Muita tentação. Deixe que os outros sejam no nosso grupo, na comunidade, o que nós queremos ser. Às pessoas que estão ali escondidas, dê oportunidade.

Outro aspecto da Quaresma são as armas espirituais que Deus nos dá. Precisamos começar a entender (ou recobrar na nossa memória) que nós vivemos uma realidade espiritual e o demônio não quer uma alma consagrada a Deus. Não quer que uma alma encontre seu amado. E não querendo, vai fazer de tudo para que a alma não se encontre com Deus. Vai faz de tudo para que viva na periferia espiritual.

O jejum é uma arma fortíssima. Geralmente deixamos de comer, comendo pão e água. Se você fosse comer, o prato estaria na mesa. Você está no centro da cidade, horário do almoço, restaurante, fila, trabalho. Pega as comidas mais gostosas, coloque numa quentinha e leve para o pobre. Não que isso vá levar você pro Céu, só fazendo isso. Mas é um exercício para lhe lembrar que existem necessitados. É o melhor jejum que existe. Pega o prato de comida e dá pro necessitado. Quem quiser fazer mais, senta com ele e come com ele. Teve uma vez na comunidade que fomos comer com os mendigos. O mendigo deu a primeira colherada e lambeu a colher.

“Porque você tá me dando essa comida?”
“Por que você é muito importante.”
“Pois coma comigo.” E deu a colher.
“........"

Os católicos não vivenciam como é preciso as Quaresmas. As Igrejas estão esvaziando no período da Quaresma. O sacrifício vai nos levar a essa libertação. Escolha um dia. Geralmente as pessoas fazem na sexta feira. A nossa comunidade (Shalom) faz na sexta, por costume. É um dia de alegria. É uma dor feliz. Não pode ser um dia de tristeza. Não é a visão do Antigo testamento, mas do Novo. O dia do jejum é um dia de alegria, pois nos decidimos contra o pecado. O jejum vai nos levar a isso. Não fique com esse “jejum de Zona Sul do Rio de Janeiro”. “Eu vou deixar de comer aquela torta de maçã?” Cale sua boca e pare com isso, pois sua torta não vai valer de nada. Agora o pessoal da “Zona Norte deve estar pensando: "Graças a Deus, nem estou dizendo isso.(risos)" Bem, se pensou isso então é porque não entendeu nada.

A outra coisa é a confissão. Fale aí com o orgulhoso. Pegue um papel em branco e você vai dá-lo pro chefe. Depois pra sua tia, pro marido, pros filhos... E diga: “diga o que você pensa de mim com sinceridade”. Entrega para seus amigos e inimigos. Para os que são da comunidade, entregue para os formadores. “Ajude-me, por favor, a ser santo. O que é preciso melhorar?” Ponha tudo no liqüidificador e toma. Depois vá ao sacerdote. Faça um combate frontal contra seu orgulho. Escreva suas raízes, pecados. Fale no espelho feito doido. Converse mais com você mesmo. Depois vá para Deus. Aprofunde o máximo para fazer uma boa confissão. Não uma "confissãozinha" qualquer. Há quem tenha vergonha de usar cruz na confissão ou procura padre cego para confessar. Pode-se até procurar, mas qual o motivo? Não seja hipócrita diante do sacerdote. O que eu faço? "Ah, eu Na Quaresma, "eu" me confesso todas as semanas". Se confesse à luz do Espírito de Deus. Fala com o "orgulhoso" e pergunta se ele está a fim de se confessar toda semana ou todo dia.

O melhor lugar onde podemos estar e assumir é o da pecadora (a pecadora arrependida aos pés de Jesus, cf Lc 7). Pois ela foi aos pés de Jesus e se arrependeu. Um perfeito arrependimento. No Antigo Testamento, Deus trata do seu povo como sua esposa. Uma das coisas que Ele abomina é a esposa infiel. A traição é uma coisa que marca as pessoas. É uma coisa triste. É um defeito de personalidade. Imagine quando casar do que será capaz. Coloque diante do senhor seus pecados. O que o orgulhoso disse quando você perguntou? Faça uma revisão de vida, com papel, se retirando para orar. Adore ao Santíssimo.

Vamos entrar em algumas outras armas. A esmola, visitar os doentes. Não como um ritualismo. Vamos fazer penitencia. Não só da torta de maçã. Faça uma lista das pessoas que você precisa perdoar. Mas não na frente das pessoas. Não uma coisa pública. De preferência no seu coração e demonstrar que perdoou. Faça uma lista e coloque diariamente na Quaresma.

Por fim, queria falar sobre a Semana Santa. O Brasil que se diz católico está dessacralizado. As pessoas só pensam em lazer e descanso. As famílias querem viajar para visitar os familiares. É a semana mais importante da História da humanidade, e eles querem folga. Perderam a dimensão do sacrifício e do mistério de Cristo. A gente faz retiro e não vai ninguém no retiro. As Igrejas vazias. Paróquias vazias. Pessoas querem a festa da páscoa. “Peixe. O melhor peixe. Um tubarão! Ao molho de camarão! Na boca do tubarão saindo uma lagosta!” E quem não tem deseja ter. Isso tudo é fruto de um capitalismo barato. Precisamos de conversão. Vale mais você visitar os pobres do que ir pra uma ceia. Uma refeição você tem todo dia e todo domingo. São os necessitados que precisam de mim, da minha visita. A visita vai despertar em você algo. Semana Santa é tempo de evangelização. Para gente ir para nossa Igreja, paróquia, se envolver e viver os mistérios. É um período bom pra gente. Nas férias, aí sim, é praia, curtir, você vai para Angra... O Brasil está dessacralizado! Não estou sendo radical. Estou sendo realista. Nós católicos precisamos viver a nossa fé.

Faça uma guerra contra seu pecado e um encontro com a misericórdia. Os supermercados do Céu estão abertos no período da Quaresma. Não é um encontro com a desgraça. Não deixe passar batido. Lembre-se, Jesus foi conduzido pelo Espírito pelo deserto. Conduzido, através. Não para ficar no deserto. A Quaresma deve ser conduzido pelo espírito para não ser um ritualismo.

Sidney Timbó

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Obediência

Submissão é o segredo
O segredo é a obediência! É interessante a palavra "submisso".

Não é um conceito humano que nós temos da palavra "submisso" como se fôssemos escravos. Meus irmãos, é do veneno de cobra que se tira o antídoto, justamente, para curar quem foi mordido por uma, que é o soro antiofídico.


A rebeldia e a insubmissão foram as primeiras coisas que o inimigo de Deus inoculou em nosso coração. Veja, há crianças, que mesmo quando pequenas, já começam a ser rebeldes, e quando crescem, tornam-se pessoas adultas e rebeldes, e é isso que traz desgraças para nossas famílias. Na verdade, ninguém quer ser submisso ao outro. Quanto sofrimento de pais por causa da insubmissão dos filhos! Percebe-se que as novelas contribuem para essa insubmissão, elas estão inoculando nas mulheres – desde as mais novas até as que já se tornaram mães – a insubmissão. Quantas famílias acabam por causa da insubmissão da esposa, que também é mãe. E quantos pais e quantas mães carregam nas costas, literalmente, os seus filhos, principalmente quando eles se desencaminham pelos caminhos mais errados.

O cérebro comanda o coração. A mulher é o coração. Os nossos lares precisam da presença materna, precisam de esposa. O homem é cabeça e Deus o contituiu a cabeça do lar. Na verdade, quem suporta e carrega a família toda é o homem. É ele quem carrega toda a família, e deve ser o submisso e o suporte de toda a família. Tanto assim que na Carta aos Efésios está escrito: (essa leitura é lida em muitos casamentos)

Efésios 5,21: 'Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo'.

Como eu dizia: como os filhos precisam ser submissos aos pais, e as mulheres submissas aos maridos; e os maridos, portanto, acabam sendo submissos a todos, como suporte. Ele é o suporte e deve ser esse suporte em tudo. Por vezes, há uma falta total de entendimento sobre essa palavra. Com essa explicação, você está entendendo.

A mulher é o coração e o homem é a cabeça. Eu preciso falar especialmente a nós homens, em especial a você que é casado e que é, portanto, pai. Jesus chamava Deus de "Pai", O tratava de Pai e O amava como Pai, e Lhe obedecia como Pai, Lhe era submisso como Pai. Jesus era e é a cabeça da Igreja, mas a cabeça de Jesus é o Pai, é o Pai quem comanda, mas repito: e é Jesus, o Filho de Deus Pai, a cabeça da Igreja.

Veja, você que é esposo e pai, a dignidade que Deus lhe deu, você é a cabeça da família. O Pai verdadeiro (Deus) deu a você também o nome de pai, porque Ele conta com você.

Assista ao vídeo: Obediência x Rebeldia

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cruz da Unidade

O Cristo da Unidade

A vinculação entre Cristo e Maria, em Schoenstatt, está expressa na Cruz da Unidade. Segue uma breve explicação de sua origem histórica.


Cruz da Unidade presente nos diversos Santuários de Schoenstatt

Histórico:

Quando os estudantes pallottinos, da primeira geração do Chile, estavam para serem ordenados sacerdotes, nasceu entre eles o desejo de presentear ao Santuário de Bellavista – lugar que viu nascer e alimentou sua vocação – um crucifixo que expressasse a imagem de Cristo sacerdote, tal como desejavam vivê-lo, a partir da Aliança de Amor com Maria e à luz da imagem original de Cristo que o Fundador lhes transmitia.

O pensamento central que quiseram expressar foi o Cristo dos vínculos.

É o Cristo que, na força do Espírito Santo está profunda e intimamente vinculado como Filho ao Pai.

É o Cristo que está profunda e intimamente vinculado a Maria, sua Mãe, constituída como colaboradora e companheira permanente em sua missão redentora entre os homens.

É o Cristo da Unidade, que une o céu e a terra; é o Cristo Bom Pastor que, refletindo o amor do Pai, une os homens a Deus e os homens entre si, fazendo-os filhos de um mesmo Pai.

Na parte de trás dessa cruz gravaram as frases latinas que expressam os ideais e realidade: “Unum in saguine (Unidos no Sangue de Cristo) + Tua res agitur (Trata-se de tua obra redentora) + Clarifica te (Glorifica-te em nossa pequenez e frauqeza)”.

A frase latina “Unum in sanguine” era o ideal da geração sacerdotal, que expressa a solidariedade de destinos que os unia com Cristo e Maria, com o Fundador e entre eles.

Devido às dificuldades internas da Família de Schoenstatt, o Fundador sendo afastado pelo exílio, a cruz tornou-se providencialmente atual, já que experimentam que a plena unidade entre eles seria alcançada somente em uma adesão crente à pessoa do Pai Fundador, pois, sendo fiéis a ele, eram fiéis à fundação que, por meio dele, Deus havia realizado. Família alcançou a graça da unidade com ele, como Pai Fundador, perscrutando os planos de Deus e não orientando-se por simpatias ou por critérios puramente humanos.

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Tristeza ou depressão?

Tristeza não tem nada a ver com depressão

Muitas pessoas dizem: "Estou deprimida" quando querem dizer que estão tristes. A palavra "depressão" é atualmente utilizada como sinônimo de tristeza. Na verdade, tristeza não tem nada a ver com depressão, apesar de ser um dos sintomas dessa enfermidade. Enquanto uma é sinal de saúde, a outra é uma doença que requer tratamento adequado.

Para você entender melhor: a tristeza é um sentimento momentâneo, com um motivo conhecido, e é saudável e importante, pois ajuda na elaboração das perdas ou dos sofrimentos ocasionais, permitindo uma reorganização interna, necessária para a superação da situação enfrentada. A tristeza pode surgir por diversos motivos, pelo acontecimento de algo ruim ou não agradável, pela lembrança de momentos difíceis já vivenciados, pela vivência de perdas (emprego, entes queridos ou qualquer tipo de perda), fazendo com que a pessoa se sinta profundamente angustiada e desmotivada.

Mas esse é um sentimento passageiro e se prolonga por um período curto de tempo (cerca de 2 meses), no qual esse quadro vai dimunindo gradativamente e a vida vai retomando o ritmo normal.

Se isso não acontece, ou seja, se a tristeza começar a impedir o “funcionamento” normal do cotidiano, persistir com o tempo e começar a surgir sentimentos como apatia, indiferença, falta de prazer pela vida, então, pode ser o início de uma depressão.

É importante você entender que a tristeza e a depressão não são um “defeito” de caráter, de personalidade, assim como não são sinal de fraqueza, nem mesmo de falta de fé. O sentimento de tristeza é inerente à condição humana e a depressão é uma doença que precisa ser levada a sério e ser devidamente tratada, para que não se torne uma doença crônica ou grave e para que não tenha recorrências futuras.

Depressão é uma doença, que, graças a Deus, tem tratamento. Seguindo os passos indicados pelos médicos, acompanhada de psicoterapia, de atividades físicas e da busca de uma vida de oração, a pessoa poderá se recuperar plenamente.

O principal sintoma da depressão é a queda de energia e não a tristeza. É a energia vital da pessoa que está deprimida. Com isso, se a pessoa não tem o sintoma da tristeza, muitas vezes, sente dificuldade de identificar a doença, buscando outras justificativas para os outros sintomas apresentados, e só buscando o tratamento tardiamente, o que pode agravar o quadro.

Para o diagnóstico da depressão, são necessários pelo menos cinco dos seguintes sintomas durante um período de duas semanas:

– Humor deprimido na maior parte do dia, sentimento de tristeza, melancolia, vazio sem causa aparente. Em crianças e adolestecentes pode aparecer um humor irritável.

– Acentuada diminuição do interesse ou prazer em quase todas as atividades do dia; perda de interesse pela vida.

– Perda ou ganho significativo de peso sem estar de dieta ou diminuição ou aumento do apetite.

– Insonia ou hipersonia, em quase todas as noites.

– Agitação ou retardo psicomotor (observável pelos outros), em quase todas as atividades do dia. A pessoa se sente pesada, lenta ou com uma agitação improdutiva.

– Fadiga ou perda de energia, em quase todas as atividades do dia.

– Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva e inadequada.

– Diminuição da capacidade de concentração ou indecisão, em quase todas as atividades diárias.

As causas da depressão ainda não são bem identificadas. Acredita-se que fatores genéticos e ambientais (perdas e eventos estressantes) influenciam o desencadeamento da doença. Por isso, recomenda-se que, ao se perceber esses sintomas, procure-se o médico imediatamente para o correto diagnóstico e para se dar início ao tratamento.

Entenda bem: tristeza e depressão não são sinônimos. A tristeza é um sentimento difícil, doloroso, mas é necessário para a superação das dificuldades, sendo inclusive, sinal de saúde. O mesmo não se pode dizer da depressão que, caso não seja tratada, pode comprometer toda a saúde física e mental do indivíduo.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Anuário Pontifício apresenta estatísticas da Igreja no mundo

Anuário Pontifício apresenta estatísticas da Igreja no mundo

Leonardo Meira
Da Redação, com Vatican Information Service (tradução de CN Notícias)


Entre 2007 e 2008, o número de fiéis batizados no mundo aumentou consideravelmente, passando dos 1,147 bilhões para 1,166 bilhões, um aumento total de 19 milhões de fiéis e percentual de 1,7%. Comparando estes dados com a evolução da população mundial no mesmo período, que passou de 6,62 para 6,70 bilhões de pessoas, se observa que a incidência de católicos a nível mundial teve um ligeiro aumento, entre 17,33 e 17,40 por cento.

Este é apenas um dos dados apresentados pelo Anuário Pontifício 2010. As estatísticas referentes ao ano de 2008 fornecem uma análise sintética das principais tendências relativas à Igreja Católica nas 2.945 circunscrições eclesiásticas do planeta.

A partir de 2009, foram erigidas pelo Santo Padre oito novas sedes episcopais e uma Prelazia; uma Prelazia foi elevada a Diocese e três Prefeituras a Vicariatos Apóstolos. No total, foram nomeados 169 novos bispos.

Entre 2007 e 2008, o número de bispos aumentou globalmente em 1,13%, passando dos 4.946 para 5.002. O aumento foi significativo na África (+ 1,83%) e nas Américas (1,57%), enquanto na Ásia (1,09%) e na Europa (0,70%) os valores estão bem abaixo da média global. A Oceania registrou, no mesmo período, uma taxa de variação de -3%. No entanto, tal diferença não causou alterações significativas na distribuição dos bispos por continente.

A situação numérica dos sacerdotes, seja diocesanos ou religiosos, continua a mostrar, globalmente, uma evolução positiva, mas ainda moderada e em torno de 1% no período entre 2000 e 2008. Os sacerdotes, diocesanos e religiosos, de fato, aumentaram nos últimos nove anos, passando de 405.178 em 2000 para 408.024 em 2007 e 409.166 em 2008. A distribuição do clero entre os continentes, em 2008, é caracterizada por uma elevada prevalência de padres europeus (47,1%), enquanto os americanos são 30%; o clero asiático responde por 13,2%, o africano por 8,7% e o da Oceania por 1,2%.

Entre 2000 e 2008, não se alterou a incidência relativa aos sacerdotes na Oceania; ao contrário, cresceu o número do clero africano, asiático e americano, enquanto o clero europeu visivelmente diminuiu de 51,5 para 47,1%.

No rol dos trabalhadores religiosos que auxiliam a atividade pastoral dos bispos e padres, os religiosos professos constituem o grupo de maior peso numérico. Tais religiosos, que eram 801.185 no mundo todo em 2000, diminuíram gradualmente, de tal modo que, em 2008, havia 739.067 (com uma diminuição relativa no período de 7,8%). Destaca-se que o grupo mais numero de religiosos professos encontra-se na Europa (40,9%) e na América (27,5%), e que as diminuições mais significativas ocorreram igualmente na Europa (- 17,6%) e na América (-12,9%), assim como na Oceania (-14,9%), enquanto na África e na Ásia houve um aumento significativo (+21,2% e 16,4%, respectivamente), que contrabalançaram a redução antes apresentada, mas não ao ponto de anulá-la.

Em nível global, o número de candidatos ao sacerdócio aumentou, passando de 115.919 em 2007 para 117.024 em 2008. No biênio, houve uma taxa de crescimento de cerca de 1%. Esta mudança foi positiva na África (3,6%), na Ásia (4,4%) e na Oceania (6,5%), enquanto a Europa registrou uma diminuição de 4,3%. A América apresenta uma situação de estabilidade.


Apresentação ao Papa

Os dados foram apresentados ao Santo Padre na manhã deste sábado, 20, pelo secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, e pelo substituto do secretário de Estado para Assuntos Gerais, Dom Fernando Filoni.

A redação do novo anuário esteve aos cuidados do responsável do Escritório Central de Estatísticas da Igreja, monsenhor Vittorio Formenti, do professor Enrico Nenna e de outros colaboradores.

O complexo trabalho de impressão esteve aos cuidados de Dom Pedro Migliasso, S.D.B., Antonio Maggiotto e Giuseppe Canesso, respectivamente Diretor Geral, Diretor Comercial e Diretor Técnico da Tipografia Vaticana.

O Santo Padre expressou sua gratidão, mostrando grande interesse pelos dados apresentados e expressando sua grande gratidão a todos os que contribuíram para a nova edição do Anuário.

Sta Teresinha do Menino Jesus

"Não quero ser Santa pela metade, escolho tudo".

Francesinha, que nasceu em Aliçon 1873, e morreu no ano de 1897. Santa Terezinha não só descobriu no coração da Igreja que sua vocação era o amor, mas sabia que o seu coração - e o de todos nós - foi feito para amar. Terezinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas, com a autorização do Papa e sua vida passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.

Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus, pela salvação das almas, e na intenção da Igreja. Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o pai, livre igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus, e tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou a pequena via da infância espiritual.

O mais profundo desejo do coração de Terezinha era ter sido missionária "desde a criação do mundo, até a consumação dos séculos". Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia "História de uma alma", e como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra.

Proclamada principal padroeira das missões em 1927, padroeira secundária da França em 1944, e Doutora da Igreja, que nos ensina o caminho da santidade pela humildade em 1997, na data do seu centenário. ela mesma testemunha que a primeira palavra que leu sozinha foi: " céus "; agora a última sua entrada nesta morada, pois exclamou : " meu Deus, eu vos amo...eu vos amo ".

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Amar o amigo!


“Aconteceu que, terminando ele [Davi] de falar com Saul, Jônatas apegou-se a Davi. E Jônatas passou amá-lo como a si mesmo” (I Sm 18,1).

Essa é a primeira descrição bíblica da amizade entre os dois, que começa justamente na plenitude cristã da forma de amar. Quando eu amo alguém como a mim mesmo, entendo que ele é outra pessoa e não fico tentando modelá-lo conforme a minha vontade. Percebo que ele soma na minha vida justamente porque é diferente, sendo assim, fazê-lo parecido comigo é perder tudo o que as diferenças acrescentariam na vida um do outro.

Outra característica dessa forma de amar é a tolerância, o acolhimento e a misericórdia. Se eu amo a um amigo como me amo, entendo que ele é uma pessoa e não um super-herói. Não exijo perfeição porque ele é tão humano quanto eu, acolhendo assim suas limitações e fraquezas da mesma forma que acolho seus dons e qualidades. Aprendo com seus erros e posso contar com ele para me levantar quando os meus erros também me fizerem cair. Por conhecer minhas misérias e do que elas são capazes de fazer na minha vida, não espero dele perfeição, por isso não deixo a decepção habitar em meu coração.

Se eu estabeleço uma amizade desta forma, entendo que meu amigo é uma pessoa e não uma propriedade particular, um território reservado unicamente para ocultar minhas inseguranças e saciar minhas carências. A felicidade dele é a minha felicidade, por essa razão eu o deixo livre para ser amado por outros. Por amá-lo e reconhecê-lo como alguém muito especial, quero que também os outros conheçam os tesouros do seu coração. Isso não me leva ao sentimento de ter sido colocado de lado ou ameaçado, pois já experimentei o quanto aquele amigo me ama. Sei que sou único em sua vida e por isso não preciso de exclusividade, pelo contrário, permito que o amor cresça, transborde e atinja a muitos outros.

Jônatas, quando viu a necessidade de Davi partir, não o impediu; pelo contrário, foi o primeiro a incentivá-lo a ir. Ele sabia que, em uma amizade verdadeira, a liberdade do outro é peça fundamental e que, muitas vezes, forçá-lo a estar perto é uma maneira mais rápida de perdê-lo. Não havia entre eles apego desequilibrado, mas amor verdadeiro, que liberta e não aprisiona. E mesmo sendo esta a última vez que o viu antes de morrer, Jônatas viveu com a certeza de que havia um pedaço seu no coração de Davi, onde quer que ele estivesse.

Amar o próximo como a si mesmo é experimentar o amor de Deus em sua vida e permitir que ele transborde na vida dos outros. É a vocação própria do homem: amar. Porque sou profundamente amado, também quero amar profundamente. Justamente por isso não há como amar um amigo de verdade antes de fazer uma experiência profunda de amar e ser amado pelo Senhor. O amor aos irmãos é reflexo limitado do Amor ilimitado de Deus por nós. Só podemos dar o que temos. Se não nos sentimos amados, não nos amamos e não temos condições alguma de amar o outro.

A experiência do amor cristão é a da renúncia, do desapego, da oblação, do sacrifício. É amar para dar a vida a todo instante e não somente em momentos extremos. É dar a vida no silêncio, na oração e nas ações que não esperam nada em troca. Somente quem ama nas pequenas renúncias de uma amizade é capaz de amar com entrega total de vida. Jesus amou assim: amou na simplicidade do dia a dia, sendo capaz de dar toda a vida no momento decisivo. Ele deu o exemplo e nos deixou o ensinamento: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13).

Amar um amigo como a si mesmo é amar da forma como Jesus amava: se doar em amor buscando não a realização pessoal, mas a felicidade do outro. Não é fácil, mas é possível! Abrace a oportunidade de ser expressão concreta do Amor de Deus na vida daqueles que ama e derrame a sua vida em amor.

Seu irmão,
Renan Félix

renan@geracaophn.com

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Sexo seguro como slogan pro pecado!

Sexo Seguro como slogan pro pecado!

Mundo Jovem

06-02-2010

Num cartão-postal li: “Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência incentiva o conhecimento sobre contracepção responsável e moderna”. Pasmem! Neste anuncio supõe-se como natural que a adolescente esteja “mantendo relações sexuais” e o que ela precisa saber são os métodos sobre contracepção responsável e moderna.

Esta propaganda é só mais uma peça do “teatro” – para não usar palavra mais forte - que estamos vivendo como sociedade. A primeira pergunta que me veio ao ver este cartão-postal foi esta: como proclamar e viver o plano divino para o homem e a mulher, chamados desde “o principio” à íntima comunhão interpessoal da “unidade de dois”, quando o slogan mais famoso que temos referente à sexualidade é “sexo seguro”, como se o aspecto mais importante da união sexual fosse não contrair doença ou prevenir uma nova vida? Não quero aqui tratar das mentiras “técnicas” deste slogan. Quero tratar aqui do seu aspecto moral. Para isso devemos responder:

• Qual é a imagem do homem e de mulher...

• Qual a meta...

• E qual o resultado, que este tipo de slogan esconde?

A imagem transmitida pelo slogan é que o homem e a mulher são “puro instinto”, e que ao “não conseguir se segurar” frente ao estímulo provocado pelo “outro” devem estar “prevenidos” para uma relação casual, e daí a necessidade de levar a camisinha no bolso e a pílula na bolsa. Fica claro entender porque a preocupação fundamental é a “prevenção de doença" - ou gravidez (que também é tratado como “doença”) - já que não se consegue ensinar o que é realmente a relação sexual e que os jovens (e adolescentes!) “não conseguem se segurar”, pelo menos se tapeia, fingindo que se ajuda distribuindo preservativos e pílulas.

A imagem do homem e da mulher no plano divino é bem oposta a esta. Ela afirma que o ser humano é um ser livre, e que diferente do animal, ele pode e deve escolher. Alias, quando Adão viu e deu nome a todos os animais, entre eles não encontrou “alguém” para entrar em “comunhão”, para estabelecer relações interpessoais. Além dos detalhes referentes ao caráter mítico do relato, encontramos em Gênesis a verdadeira essência do homem: ele é feito para alguém, para a mulher e daí a eloqüente frase que resume a alegria e a exultação dele: “agora sim, osso do meus ossos, carne da minha carne” (Gn 2, 23). Deus criou o homem e a mulher “a Sua imagem”, e Deus é uma eterna comunhão de amor de três Pessoas divinas. Vislumbramos assim a nobreza do ser humano e do seu chamado a refletir esta imagem precisamente na união de “uma só carne”, isto é, na união pela qual o esposo e esposa renovam o amor total, fiel, exclusivo e aberto à vida que prometeram em suas Bodas. Por isso, fora do matrimônio, a união física se priva das qualidades do amor autêntico e manifesta assim uma falsa linguagem do corpo. (Cf. Audiência de JPII, 22 de agosto de 1984).

A meta do slogan “sexo seguro” é aumentar a promiscuidade sexual. E pelo aumento da gravidez de crianças e adolescentes podemos comprovar esta triste realidade. Lógico que toda a culpa não recai só nesta campanha nacional do governo ou em outras parecidas a esta. Toda a nossa anti-cultura tende para isso: músicas pornográficas sendo cantadas por bebês, novelas como o alimento diário das famílias, uma ditadura da moda que fazem as mulheres se vestir como prostitutas... Se isso é plantado diariamente, o que queremos colher? Uma geração heróica ou uma geração doentia?

A meta da união conjugal no plano divino é uma meta inscrita no próprio corpo - masculino e feminino - que exige uma entrega consciente e livre de toda a pessoa e não somente de sua genitalidade. Separar a pessoa da sua sexualidade é reduzi-la, tornando-a simplesmente um objeto para satisfazer um desejo concupiscente, isto é, um mau desejo. Por isso, para que uma união conjugal seja autêntica se necessita um amor maduro, um amor que saindo do seu “eu” aceite ser totalmente e irrevogavelmente do “outro”. Um amor, nas palavras de João Paulo II que reconheça o “significado esponsal do corpo humano”, isto é, a sua capacidade de expressar amor, precisamente aquele amor no qual a pessoa se torna um dom e - por meio desse dom - realiza o sentido completo de seu ser e de sua existência” (Audiência de JPII, 16 de janeiro de 1980). Mas alguém só pode se tornar um “dom” na medida em que se possui, e por isso sem o autodomínio não há amor verdadeiro.

O resultado que o slogan “sexo seguro” produz é uma geração escrava de si mesma, pois “a paixão se manifesta a si mesmo como uma insistente tendência em direção à satisfação dos sentidos e do corpo (separada da pessoa). E a satisfação, de acordo com o homem dominado pela paixão, busca extinguir o fogo, mas ao invés disso, não alcança as fontes da paz interior... o homem que está ocupado em satisfazer os seus sentidos não encontra descanso nem encontra a si mesmo, mas pelo contrario “consome a si mesmo”. (Audiência JPII, 10 setembro de 1980).

O resultado do plano divino é que o homem e a mulher possam ver o seu corpo orientado interiormente pelo ‘dom sincero’ da pessoa, revelando um valor e uma beleza que ultrapassam a dimensão simplesmente física da ‘sexualidade’, e nesta doação se realizarem como pessoas, ao reconhecer no outro um ser único e irrepetível: alguém escolhido pelo eterno Amor. (Cf. Audiência de João Paulo II, 16 de janeiro de 1980).

Ah! Se o Plano Divino fosse o fundamento da imagem, da meta e do resultado buscado num slogan de campanha nacional, como este slogan seria diferente!



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por
Por Julie Marie, Site: www.teologiadocorpo.com.br

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O homem precisa de Deus para ser Ele mesmo!

O Homem precisa de Deus para ser ele mesmo!

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“Qual é portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros. O fato de que a “expiação” se verifique no “sangue” de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si “a maldição” que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a “bênção” que toca a Deus (cf. Gl 3, 13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objeção: que justiça existe lá onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira cada um não recebe o contrário do que é “seu”? Na realidade, aqui se manifesta a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante. Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidencia que o homem não é um ser autárquico, mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto-suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.”

(Papa Bento XVI, Mensagem para a Quaresma de 2010, § 6-7; 30 de outubro de 2009)

A proposição do Papa para a quaresma desse ano explica a justiça cristã. O homem, que herda de Adão o pecado original (cf. Sl 51, 7) não pode salvar a si mesmo. Ele, por si mesmo, não pode ir para o Céu. Então, Deus se compadece do homem e manda à humanidade Seu Filho único para que possa redimi-la e purificá-la. Eis a justiça de Deus: Ele não se compraz em ver o sofrimento dos fracos; não se compraz na condenação daqueles que se esforçam para amar a Deus. Por isso, envia seu Filho, Jesus Cristo. Ele devolve aos homens a graça que o gênero humano havia perdido pela renúncia do bem.

O homem se vê indigente. Todos os cristãos clamam junto com o salmista: “Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado” (Sl 51, 7). Mas ao mesmo tempo louvam a Misericórdia de Deus, bem traduzida nos versos que entoamos no dia de Páscoa: “Ó pecado de Adão, indispensável, pois o Cristo o dissolve em seu amor. Ó culpa tão feliz que há merecido a Graça de um tão Grande Redentor!” O homem se apegou aos bens finitos e mutáveis, se apegou à realidade material, obstinando-se na prática do pecado e violando a Aliança que Deus havia firmado com seu povo. Mas, eis que surge o Filho do Homem. Ele realiza uma Nova Aliança, na qual o homem descobre a inutilidade do seu egoísmo e a insensatez daquela idéia de auto-suficiência.

Não. Nós, por nós mesmos, nada podemos fazer de bom. É preciso que o homem se apegue ao Bem eterno e imutável. Mas, como poderá ele, com seu coração ferido pela arrogância e pela prepotência, se achegar a Deus? Graças sejam dadas a Jesus Cristo, que inaugura a justiça cristã! O homem pode finalmente gozar da alegria de estar junto de Deus. Com Cristo, ao mesmo tempo, acontece o processo de libertação. Ele é a genuína Verdade e é conhecendo a Ela que poderemos nos libertar (cf. Jo 8, 32) do nosso egoísmo. Com efeito, o cristão põe no centro de sua vida Jesus, e não ele; porque sabe bem que não é seus méritos que alcança a salvação, mas unicamente pela graça de Deus. O cristão confessa dia após dia aquilo que São Paulo há muito dizia: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). Não sou eu que me salvo; minha natureza é caída. Eu, por mim mesmo, não posso me levantar. É Cristo quem ergue o homem, devolvendo-lhe a graça, aquele bem precioso que tinha perdido no dia que havia desobedecido a Deus.

Eis a verdadeira justiça!, clama o Papa. Possamos ouvi-lo, possamos descobrir na Redenção uma fonte insondável de amor e misericórdia. Não lamentemos aquilo que já foi. Louvemos Aquele que é. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5, 20).

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Santa Águeda

Santa Águeda, mártir da castidade

Santos

05-02-2010

Santa Águeda foi uma das mais veneradas virgens do inicio da igreja Ela foi martirizada e executada nas perseguições conduzidas pelo Imperador Trajanus Decius numa série de campanhas anti cristãs que o mesmo conduziu de 250 a 253.

Evangelizada ainda criança, apaixonou-se por Cristo e seu ideal de pureza, dedicando-se a Ele como esposa. Segundo os atos de seu martírio, ela era filha de uma proeminente e nobre família siciliana e era muito bonita. Um senador romano de nome Quintianus nomeado prefeito da região, pediu Águeda em casamento. Quando ela recusou, pois contradizia seus planos de vocação, e ele descobriu que ela era cristã, ele retaliou, denunciando-a às autoridades e castigando-a colocando em um bordel onde ela milagrosamente escapou incólume.

Quando isto não funcionou, Quintianus acusou-a de pertencer a seitas fora da lei e ela foi condenada e esticada na roda, açoitada, marcada com ferros em brasa e finalmente seus seios foram cortados.

Nenhum remédio ou ataduras foram permitidas que se colocassem nas suas feridas e ela foi jogada num calabouço escuro e sem comida. Conta a tradição que ela teve uma visão de São Pedro acompanhado de um jovem carregando uma tocha. O jovem aplicou óleos medicinais em seus ferimentos, ficando curada. Quatro dias mais tarde, furioso pela cura milagrosa de Santa Ágata, Quintianus mandou que a rolassem nua, sobre uma cama de carvão em brasa misturado com pedaços de vasos. Ágata orava com grande paixão e fervor a Deus dizendo : "Meu Senhor e Jesus Cristo, Vós sois meu coração e a minha mente. Leve-me e faça-me seu."

Santa Ágata acreditava que a morte seria um feliz final para a sua torturas. Os carrascos tinham o cuidado para não deixá-la morrer e carregaram o seu corpo alquebrado de volta a cela, enquanto ela orava pela liberdade. Naquele exato momento um terremoto sacudiu a prisão e ela então veio a falecer.

No seu funeral, inexplicavelmente apareceu um jovem com uma tocha para honrá-la. Pouco tempo depois, Quintianus foi jogado no rio pelo seu cavalo e afogou-se. No primeiro aniversário da morte de Águeda o vulcão do Monte Edna iniciou uma erupção. Os devotos de Santa Águeda tomaram o seu véu e colocando-o na ponta de uma lança subiram a montanha e o fluxo de lava milagrosamente parou. Santa Ágata também curou a mãe de Santa Luzia em um visão. Ela é a padroeira da Catania e é invocada contra terremotos e erupções.

Uma santa que resiste a tais torturas é muito reverenciada e o local de sua tumba é um local sagrado para os cristãos. São Gregório, o Magno tomou a igreja dos Góticos em Roma, e a consagrou a Santa. A Igreja de Santa Ágata está lá até hoje, para lembrarmos dela. Mais tarde pinturas de Santa Ágata carregando seus seios cortados em um prato, foram confundidos com pães e isto levou a prática dos pães de Santa Ágata, que são distribuídos no dia da santa para uma grande variedade de doenças e infortúnios.

Sua intercessão como padroeira de Malta é creditada, como tendo preservado a ilha dos Turcos em 1551.

A sua tumba está na Catania, Sicília e o seu véu está num santuário na Catedral de Florença. Varias igrejas são dedicadas a ela.

Na arte litúrgica da Igreja ela é mostrada como uma mártir com uma palma e os dois seios em um prato ou as vezes como os seios em duas pinças ou coroada com palmas. Ela é mostrada no mosaico de Santo Apolinário Nuevo em Ravenna, Itália e em outro mosaico, mostrando seu martírio por Sebastião del Piombo, no Palácio del Pitti em Florença, Itáli.

Ágata está na lista da Martirologia Hieronyminiana e na Martirologia Cartaginense do sexto século. Está tambem indicado o local do seu martírio na Catania, Sicília . O Papa Damascus escreveu um hino em sua honra e incluiu um poema para ela, escrito por uma outra pessoa, em seu livro de devoções.



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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Papa critica projeto de lei britÂnico copntra discriminação de gays

da BBC Brasil

O papa Bento 16 criticou, nesta segunda-feira, um projeto de lei do governo britânico que pode, entre outras medidas, tornar ilegal a descriminação de homossexuais. A legislação, chamada de Equality Bill, está sendo discutida por parlamentares britânicos e pode impedir, por exemplo, que igrejas rejeitem empregar pessoas que se declarem homossexuais ou transexuais.

“Seu país é conhecido pelo forte compromisso com a igualdade de oportunidades para todos os membros da sociedade”, disse Bento 16 um grupo de bispos britânicos que visitaram o Vaticano. “Ainda assim, o efeito de algumas leis criadas para atingir esses objetivos tem sido impor limites injustos à liberdade das comunidades religiosas para agir de acordo com suas crenças”, disse ele.

Bento 16 estimulou os bispos a defender “convincentemente” os ensinamentos morais católicos. “Continuem a defender seu direito de participar no debate nacional por meio de um diálogo respeitoso com outros elementos da sociedade”, disse ele.

Um porta-voz do governo britânico disse que as declarações do Papa sugerem que ele reconheceu “o compromisso firme com a igualdade para todos os membros da sociedade” exercido pelo governo britânico. “Acreditamos que todos devem ter chances justos na vida e não sofrer discriminação. A Equality Bill tornará o Reino Unido um país mais justo e igualitário”, disse um porta-voz do governo.

A Igreja Anglicana britânica se mostrou preocupada com a legislação, argumentando que seus padres podem se ver forçados a celebrar casamentos nos quais um dos noivos sofreu uma mudança de sexo.

Bento 16 anunciou ainda que deve visitar o Reino Unido neste ano, na primeira visita de um papa ao país desde 1982.

Fonte : UOL