sábado, 30 de janeiro de 2010

"Direitos Humanos"

Formações

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Bispo denuncia pacote ideológico do Governo

O decreto estabelece instrumentos de controle da imprensa, entre outros

O novo Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo presidente Lula (21 de dezembro próximo passado), em terceira versão requentada, carece de melhor parecer jurídico, em conformidade com a Constituição Federal. O Presidente declarou que não leu o texto que assinou (sic). Confiou o texto à apreciação daquela que ele pretende eleger como sua sucessora na Presidência da República, a ministra Dilma Rousseff.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, analisou e criticou o documento, que suspeita da agricultura de mercado, hoje principal suporte do superávit comercial e da estabilidade de preços do País. O decreto reflete a ideologia marxista, inspirando a libertação do povo. Assim, desde os anos 70 apregoa os fautores da esquerda festiva.

Notemos duas mudanças anticonstitucionais no texto do tal decreto. Primeira: a desestabilização do legítimo direito de propriedade, ao fomentar invasões de propriedades pelos movimentos e organizações populares (leia-se MST, congêneres). Segunda: praticamente legitima a invasão e a tomada de propriedades, pelo exercício de mediação entre invasores e vítimas de invasão, antecedendo uma eventual decretação de reintegração de posse, por parte do juiz.

Pela Constituição invasão é crime. Pelo novo decreto, invasores adquirem status legal dos antigos proprietários. Essas propostas açodam a insegurança no campo. Não se trata de ocupar terras devolutas, mas invadir propriedades produtivas. Outra bobagem do decreto seria submeter às organizações populares decisões de plantio de variadas culturas.

A questão agrária e agrícola requer produção de qualidade e não invasão de propriedade. Por falta de incentivo, de assistência tecnológica e financeira, pequenos e médios produtores deixam de produzir. Não obstante programas interessantes como o Pronaf e outros incentivos, muitos assentamentos são pouco produtivos.

A grande aberração do documento é manipular os Direitos Humanos, transformados em panacéia de ideologia. Vejam só. O decreto estabeleceria a profissão para prostitutas. Ora, as pessoas que se tornaram vítimas da difícil “vida fácil”, por certo, gostariam de se libertar dessa triste condição vexatória. O decreto estatui a prostituição, a promiscuidade.

Porém, a pior aberração do decreto é estabelecer instrumentos de controle da imprensa, como recentemente foi censurado o jornal “O Estado de S. Paulo” ao veicular informações sobre os bens familiares do senador Sarney. O decreto retrocede ao expediente da censura à mídia quando esta contrariasse os interesses da cúpula palaciana governamental. Na verdade, uma pseudoesquerda se instalou com a pretensão de tomar o foro de cidadania no governo Lula, pensando em se eternizar no poder. Ah! Se a moda dos “companheiros” da Venezuela e Bolívia pegar…

Nossa esperança é que surjam reações ao decreto que o Presidente assinou e não leu. Que fique de molho e não passe de carta de intenções. A esquerda festiva vai continuar a conspurcar e a utilizar a prerrogativa dos Direitos Humanos, tentando prevalecer ao Estado democrático, de direito e de fato.

Dom Aldo Di Cillo Pagotto

Arcebispo da Paraíba (PB)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Papa aos membros das pontifícias academis: promover humanismo cristão

Papa aos membros das pontifícias academis: promover humanismo cristão - 28/01/2010 - 12:47

Bento XVI recebeu em audiência, nesta quinta-feira, no Vaticano, os membros das Pontifícias Academias que se reuniram ontem na sede do Conselho de coordenação das Pontifícias Academias para refletir sobre o tema "A formação teológica do presbítero".


Durante o evento, foi entregue o prêmio das Pontifícias Academias, em nome do Santo Padre, ao teólogo leigo estadunidense, John Mortensen, autor de uma tese de doutorado na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma, centralizada na analogia de Santo Tomás de Aquino.


O prêmio é entregue a cada ano pelo papa a jovens estudiosos, artistas ou instituições que tenham se destacado na promoção do humanismo cristão.


"Diante do relativismo que domina a cultura atual, serve uma formação que promova o homem em sua integralidade" – disse Bento XVI aos membros das Pontifícias Academias.


"A falta de pontos de referência ideais e morais, que penaliza particularmente a convivência civil, mas, sobretudo, a formação das jovens gerações, deve corresponder a uma oferta ideal e prática de valores e verdade, de fortes razões de vida e de esperança, que possa interessar todos, sobretudo os jovens" – acrescentou o papa.


Bento XVI sublinhou que tal compromisso deve ser particularmente obrigatório no âmbito da formação dos candidatos ao ministério presbiteral como exige o Ano Sacerdotal e como afirma o tema deste ano escolhido pelas Pontifícias Academias.


O papa frisou que a cultura atual e, mais ainda os fiéis solicitam continuamente a reflexão e a ação da Igreja nos vários âmbitos onde emergem novas problemáticas, sobretudo na pesquisa filosófica e teológica das Pontifícias Academias.


"Nestes delicados espaços de pesquisa e compromisso, vocês são chamados a dar uma contribuição qualificada, competente e intensa, a fim de que toda a Igreja e em particular a Santa Sé, possa dispor de ocasiões, linguagens e meios adequados para dialogar com as culturas atuais e responder de maneira eficaz aos desafios que a interpelam nos vários âmbitos do saber e da experiência humana" – disse ainda o Santo Padre.


Bento XVI finalizou seu discurso, desejando que as Pontifícias Academias "sejam hoje instituições vivas, capazes de entender as sociedades e as culturas, as necessidades e as expectativas da Igreja a fim de oferecer uma adequada e válida contribuição em favor da promoção de um autêntico humanismo cristão – concluiu o pontífice.

Última Alteração: 12:47:00
Fonte: Rádio Vaticano
Local:Cidade do Vaticano
Inserida por: Administrador

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Cardeal Rylko...

Cardeal Rylko apresenta “novo estilo de colaboração” entre sacerd


27-01-2010

O cardeal Stanislaw Rylko apresentou, nesta terça-feira, o que chamou de um “novo estilo de colaboração" entre sacerdotes e leigos nos movimentos eclesiais e novas comunidades, discutindo os benefícios que pode trazer para Igreja.

O presidente do Conselho Pontifício para os Leigos discursou no quinto Colóquio de Roma, organizado pela Comunidade dell'Emmanuele e pelo Instituto Universitário Pierre Goursat (IUPG), em colaboração com o Instituto Pontifício “Redemptor Hominis", que neste ano teve como tema "sacerdotes e leigos na missão".

Este "novo estilo" de colaboração entre sacerdotes e leigos, explicou o cardeal polonês, pressupõe que “os presbíteros reconheçam a identidade própria dos fiéis leigos e os valorizem efetivamente em sua missão na Igreja e no mundo evitando assumir, por um lado, atitudes paternalistas ou autoritárias no governo das comunidades paroquiais, e por outro, uma falsa promoção das ações leigas sem respeitar sua vocação específica, o que poderia se tornar um álibi para não assumir os próprios deveres pastorais para com a comunidade cristã”.

Este “novo estilo”, acrescentou, pede aos leigos um "vivo sentimento de pertença à Igreja, bem como "a consciência de sua responsabilidade em dar sua contribuição para a vida e missão da Igreja, evitando ao mesmo tempo uma excessiva preocupação com os assuntos intra-eclesiais". O cardeal alertou, porém, para o perigo "da armadilha de uma mentalidade hostil às instituições eclesiais, contaminada pela lógica mundana da luta pelo poder”.

“Fator decisivo para o despertar missionário de todo o povo de Deus, em um mundo no qual se alastram o laicismo e um neo-paganismo desenfreado, e no qual Deus é cada vez mais o Grande Excluído”, prosseguiu o cardeal, o novo estilo de colaboração entre sacerdotes e leigos, inaugurado pelo Concíllio Vaticano II, traz consigo o desafio de “cada qual fazer sua parte”.

Em nossos dias, o florescimento de movimentos eclesiais e novas comunidades “suscita grande esperança”.

Tais movimentos dão forma a um “nós comunitário”, que passa a ser "um percurso pedagógico trilhado em comunhão, no qual todos estão envolvidos".

Por isso, os movimentos eclesiais e as novas comunidades tornaram-se as “verdadeiras oficinas” deste “novo estilo de colaboração” no serviço à missão evangelizadora da Igreja.

“O sacerdote deve saber acolher e interpretar a novidade destes novos dons carismáticos. Não devem ser vistos como um problema pastoral, mas como uma grande oportunidade de renovação de nossas comunidades paroquiais”.

O cardeal enfatizou ainda que "estes movimentos não concorrem com a paróquia, nem constituem uma alternativa às paróquias. Representam, ao contrário, uma grande oportunidade que deve ser aproveitada. Porque todo ambiente no qual se formam cristãos maduros e conscientes de suas próprias vocações é útil à causa da Igreja e da paróquia”.

E pediu: “de seus ministros, portanto, a Igreja espera sensibilidade e abertura a essas novas realidades".

“Por outro lado, o caráter essencialmente leigo destes movimentos eclesiais não suprime a necessidade de uma presença sacerdotal. Longe de representar uma clericalização, tal presença – sempre animada por uma sincera caridade pastoral – constitui um serviço prestado no pleno respeito à liberdade associativa dos fiéis leigos”.

Os movimentos eclesiais e as novas comunidades necessitam, assim, do “sábio, atento e paternal acompanhamento dos pastores. Trata-se de uma missão muito delicada, para a qual cada sacerdote deve se preparar de modo adequado”.

O cardeal se disse convencido de que o Ano Sacerdotal, que está sendo vivido na Igreja, representa “uma ótima oportunidade dada aos pastores de ouvirem com atenção aquilo que o Espírito Santo está dizendo à Igreja por meio destes dons carismáticos”.

“Para os cristãos cansados e desmotivados, e para as comunidades excessivamente voltadas para si mesmas, os movimentos lançam o desafio de uma Igreja corajosamente projetada em direção às novas fronteiras da evangelização”, concluiu.

Unção para anunciar


Unção para anunciar

Doutrina e Igreja

27-01-2010

Dom José Alberto Moura

Derramar óleo de oliveira na cabeça de determinadas pessoas escolhidas para missões especiais era costume no meio dos judeus. Jesus lembra as palavras de Isaías, aplicando-as a si: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Is 4, 18-19). Não basta a unção, que é sinal da consagração de Deus. É preciso executar a missão de levar vida e salvação aos outros.
Jesus é chamado Cristo. Quer dizer ungido. Ele assume a missão dada pelo Pai, de salvar a humanidade. Ele realiza a libertação no sentido horizontal, mas com o sentido da verticalidade, ou seja, da superação dos males terrenos, mas em vista de se conseguir a felicidade eterna. O Papa Bento XVI nos coloca, na encíclica "Caridade na Verdade", o tema "O Desenvolvimento Humano Integral na Caridade e na Verdade". Ele lembra: “Eliminar a fome no mundo tornou-se, na era da globalização, também um objetivo a alcançar para preservar a paz e a subsistência da terra” (nº. 27). Por outro lado, o Pontífice lembra que “sem Deus o homem não sabe para onde ir e não consegue sequer compreender quem seja” (nº. 78).
Em termos de Igreja, precisamos valorizar, sem dúvida, a consagração das pessoas, mas sublinhando sua finalidade, a de dar vida ao mundo com os critérios de Deus. Para isso, a união ou comunhão eclesial é de suma importância para potencializarmos nossos instrumentos de evangelização. Só a sacramentalização não é suficiente. É preciso instruirmos, formarmos e darmos base de evangelização para se compreender e promover a libertação integral das pessoas. É preciso haver a superação de grupos fechados em si mesmos para ganharmos em comunhão e força de evangelização. Todos podem ter reta intenção, mas é preciso usar meios adequados para nos unir em função de transformar a sociedade com os critérios do Reino de Deus. Somos ungidos para evangelizar. Cumprimos essa missão em comunhão e mútua ajuda. Jesus mandou-nos ser luzes, indicando seu caminho à sociedade. Na união, nossa luz fica forte e capaz de tirar as escuridões da vida das pessoas.

No mundo cheio de propostas diferenciadas, somos instados a assumir a Boa-Nova de Cristo, deixando-a impregnar nosso ser para testemunharmos sua verdade que salva. O ser humano sozinho, apesar de sua inteligência e seu desenvolvimento cultural, não é capaz de realizar um projeto de vida que o satisfaça plenamente. Só Deus preenche o vazio humano com a realidade de seu amor. Por isso, recebendo a unção do batismo, temos a possibilidade de contribuir com a realização plena do ser humano, com os valores e os dons de Deus deixados em sua Igreja, depositária de suas graças. Não se trata apenas de ritos, mas de realidade com o conteúdo dos dons de Deus, como sua Palavra e seus sacramentos.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Big Brother 10.Como cristão, convém assistir?

Big Brother 10.Como cristão, convém assistir?

+ É sempre prematuro falar sobre o primeiro episódio de qualquer programa em série, especialmente de um reality show, que não tem roteiro muito definido. Mas essa me pareceu a estreia de “Big Brother” com linhas mais claras, definidas.

+ Uma das chaves desta edição foi dada explicitamente por Pedro Bial: “Este BBB tem um novo alfabeto. ABCDEF GLS…” Uma das participantes depois reforçou: “Este é o BBB da diversidade”. Por fim, a animação de Maurício Ricardo mostrou três robozinhos, um deles gay. A direção do programa selecionou um gay, uma lésbica e uma drag queen, todos assumidos – o que demonstra que as questões de gênero sexual terão papel predominante desta vez.

+ A ideia de uma vida dupla é reincidente entre os participantes – muito além da duplicidade inerente aos brothers GLS. Há uma doutora em lingüística que vira perua baladeira, uma policial que solta a franga na praia, um engenheiro agrônomo que foi modelo, um advogado que treina boxe e assim por diante.

+ Como se vê, a “segunda vida” dos participantes está ligada em geral ao corpo. Muitos ganham a vida com atividades físicas: um dançarino, uma dançarina de boate, um personal trainer e assim por diante. Esta parece ser também uma das edições mais homogêneas em termos corporais/hormonais, com uma maioria absoluta de corpos esculpidos, quando não marombados. Pela minha lembrança, havia mais exceções em edições anteriores, como Cida ou Jean, por exemplo.

+ É cedo para dizer, tudo pode mudar nas próximas semanas, mas o “casting” da edição me pareceu bastante inspirado, com vários participantes de personalidade forte. E já deu para identificar claramente uma barraqueira, a jornalista lésbica, que deu uma enquadrada forte e desnecessária, logo no primeiro programa, na dançarina de boate .

Ricardo Calil, critico de cinema.

***

S. Paulo, com muita sabedoria nos disse: ” Tudo nos é lícito mas nem tudo nos convém, tudo nos é permitido mas nem tudo nos edifica”. (I Cor 10,23)

Convém perder o nosso precioso tempo dando audiência a um programa cujo conceito é francamente anti evangélico em toda sua proposta de estimular com que o pior das pessoas venham à tona e seja objeto de observação 24 horas por dia, pela tv ou internet ?

Sei que tem coisas aproveitáveis na TV, outras, no entanto, não acrescentam nada na vida da gente.

Aliás, se houver algum acréscimo, esse será na conta bancária do vencedor e na emissora que ganha milhões às custas da curiosidade mórbida das pessoas que tem ânimo para assistir o manjado grande irmão- que de grande só tem os interesse financeiro envolvido dentro da turma escolhida e na audiência ávida por alguma coisa que lhes ofereça mais sentido para a vida!

Direitos humanos

Os Direitos Humanos do Governo

Enquanto Marx diz o que é teu é meu, Cristo prega: O que é meu é teu

É notório o espanto que certos termos do recente Programa Nacional dos Direitos Humanos, publicado pelo Governo Lula, têm causado à população brasileira. Com certos aspectos positivos, vários pontos são mesmo assustadores e inesperados.

Como compreender que uma pretensa intenção de defender direitos humanos inclua a aprovação de leis abortistas? Onde está defendido o direito da criança que ainda se encontra no seio materno, de nascer, de viver e ter seus demais direitos reconhecidos?

Como pode alguém condenar métodos agressivos do tempo do Governo militar e propor a prática de tortura ao agredir os corpos das criancinhas no ato abortivo, em determinados métodos, quando são literalmente dilaceradas até sem anestesia, ou simplesmente eliminadas com outros métodos como se o ser humano pudesse ser descartado como lixo?

Como podem os autores deste problemático Programa semear novamente o clima de terror no País, depois de, anteriormente, ter sido feita lei de anistia? E por que esquecer as atrocidades também praticadas por pessoas da esquerda, com sequestros, assaltos, mortes em vista de um sistema político que julgavam melhor e desejavam impor ao País? Os fins não podem justificar os meios. Quanto a sistemas políticos alternativos, é bom que se reveja o efeito ineficaz na Rússia, na Polônia, na Albânia, na Alemanha Oriental e em outros países onde o comunismo esteve presente por décadas e os resultados não foram os prometidos e onde os direitos humanos também não foram respeitados. Há, de fato, um engano em certas cabeças: desejar comparar Marxismo com Cristianismo. Entre as duas teorias que parecem sugerir semelhanças, há uma diferença determinante: enquanto Marx diz o que é teu é meu, Cristo prega: O que é meu é teu.

Como pode alguém afirmar a defesa da família e provocar situações que ferem ao real conceito familiar, criando casamentos de pessoas do mesmo sexo, como se tudo fosse igual?

Como pode alguém tentar controlar exageradamente a imprensa, retirando do cidadão o direito de protestar contra medidas que agridam aos seus direitos?

Como pode o Governo, em nome de uma pseudolaicidade, impor aos cidadãos um regime ateu, agressivo aos sentimentos religiosos, impedindo de todas as maneiras a prática e a expressão livre da fé? Incomodar-se com símbolos religiosos é próprio de quem não crê e deseja gerir um povo que crê como se fosse obrigado a ser ateu ou a agir como ateu. O Governo laico é justo quando ele defende o direito dos cidadãos de expressar livremente sua fé, mas é totalmente injusto quando agride a consciência religiosa do seu povo e desconhece a realidade histórica de sua gente, permeada de profundo senso religioso. A seguir da forma que o Programa propõe, daqui a pouco será proibido erguer em praças públicas uma cruz, uma estátua de algum líder religioso, construir monumentos à Bíblia ou edificar templos com características arquitetônicas próprias. Isso são sinais da ideologia ateísta e preconceituosa contrária ao direito dos cidadãos de crer em Deus e de expressar livremente sua religião. É cruel ver que tudo isso vem embutido em pacote sobre o qual se escreve “Direitos Humanos”, quando é justamente o seu contrário.

As medidas publicadas nas vésperas do Natal, dia sagrado para a grande maioria do povo brasileiro, não deixam de assustar a nós Bispos que ouvimos o Presidente da República afirmar de público, na Assembléia da CNBB de 2002, que jamais admitiria em seu governo qualquer medida que agredisse a fé cristã do povo brasileiro e citou, emocionado, a religiosidade genuína de sua digna e saudosa mãe. Como entender isso?

.: Bispo denuncia pacote ideológico do Governo

.: Gentios no Planalto

.: Nota sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora

A inveja corrói corações


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A inveja corrói corações

O mau sentimento germina onde a semente do amor não foi semeada

Estamos sempre aprendendo alguma coisa em nossas convivências. Fazemos a cada dia uma nova experiência no laboratório de nossos relacionamentos. Seja dentro da família ou em outras esferas sociais, vivemos situações de desconfiança, de raiva, de ingratidão, de ciúme...e, entre tantas outras, estamos sujeitos a deparar com a inveja. Independentemente do grau de parentesco, esse mal pode também encontrar oportunidades para se instalar em todos os nossos relacionamentos. Há pessoas que aparentam não trazer esse sentimento até o momento em que o seu profissionalismo não é ofuscado ou a sua situação de vida continue sendo superior.


Ouça comentário do autor

A manifestação desse mal, muitas vezes, pode nos confundir com um outro, que também provoca instabilidade dentro das relações: o ciúme! São sentimentos muito próximos, contudo, o ciúme acontece quando nos preocupamos em perder aquilo que temos, seja o amor de uma pessoa, um bem ou uma posição social. No caso da inveja, a pessoa cobiça o objeto de conquista do amigo, do irmão, vizinho, etc. E nem sempre essa avidez pode significar um bem material. Às vezes, esse sentimento se manifesta quando o invejoso percebe a maneira como alguém se veste, as amizades que alguém possa ter, a qualidade do entrosamento entre um casal, a harmonia dentro de uma família, passando por outros inúmeros exemplos de coisas materiais.

O sentimento de inveja incomoda e corrói a autoestima da pessoa que carece das coisas que, na vida do outro, parecem acontecer com maior facilidade. E por não conseguir alcançar seus objetivos ou ser reconhecida naquilo que foi o sucesso do amigo, a pessoa invejosa se recusa a celebrar a conquista daquele que, na alegria, veio partilhar suas vitórias. Tomada por um “mix” de sentimento, que vai do ciúme à inveja, passando pelo orgulho, a pessoa tomada por esse sentimento não consegue comemorar a alegria do outro sem ocultar o seu desdém.

Tudo aquilo que se referir à pessoa bem-sucedida, o invejoso terá alguma coisa para contradizê-la, na intenção de desviar o foco da conversa ou ofuscar a imagem dela com comentários ácidos. Como pecado capital, essa fraqueza se desdobra em outros sentimentos; multiplicando-se em manifestações de ingratidão, raiva e destrato por alguém que nada lhe fez nem lhe causou prejuízo algum.

É bom que se saiba que nada se consegue sem esforço e nenhuma conquista é atribuída ao acaso. Se alguém recebe elogios ou se destaca no local de trabalho, tudo isso é resultado de muito trabalho e dedicação, por meio dos quais o “vitorioso” colhe os frutos da sua competência na realização de seus planos.

Na verdade, a inveja é o resultado da falta de empenho de alguém na realização de suas próprias metas. Como todos os outros sentimentos daninhos, se não buscarmos a correção para esse mal, vamos colocar a perder relacionamentos de anos de conivência.

Lembremos que todo mau sentimento germina onde a semente do amor não foi semeada. Esforcemo-nos na erradicação dos sentimentos nocivos, aplicando-nos na vivência do amor, temperando nossos laços afetivos.

Quem ama se faz um com aqueles que se rejubilam e solidários com os que sofrem.

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Dado Moura
contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista.
Para ouvir comentários de outros artigos, acesse:podcast Relacionamentos
Outros temas do autor: www.dadomoura.com

Bento XVI presidirá Vésperas pela Jornada da Vida Consagrada

Bento XVI presidirá Vésperas pela Jornada da Vida Consagrada


Da Redação, com ACI Digital


O Escritório das Celebrações Litúrgicas do Supremo Pontífice divulgou nesta segunda-feira, 25, que o Papa Bento XVI celebrará na próxima terça-feira, 2, as Vésperas pela Jornada da Vida Consagrada. A cerimônia está marcada para as 17h30 (hora local), na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Estas vésperas, indica o texto, celebram-se no dia em que a Igreja recorda a Apresentação do Senhor.

A esta oração vespertina com o Santo Padre, convida-se "de modo particular aos membros dos institutos de vida consagrada e das sociedades de vida apostólica

Deus precisa de você

Deus precisa de nós

Postado por: homilia

janeiro 26th, 2010

Existe uma multidão que está pronta para receber o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas muitos deles estão no mundo, têm uma vidinha longe de Deus, porque não ouviram quem lhes falasse do Senhor. Desde a Morte de Jesus, de Sua Ressurreição e Ascensão, Ele está esperando o Pai Lhe dizer para vir buscar os que ficaram aqui na terra. Para isso, Cristo precisa encontrar todos preparados para recebê-Lo. Neste mundo de Deus existem muitos só esperando Jesus chegar, mas também existem muitos que nem sabem que Ele virá.

Lucas 10,1-9

Os setenta e dois discípulos estavam preparados, eles acolheram a verdade e de dois em dois foram anunciando Jesus. Porém, o Senhor lhes faz um pedido: disse-lhes que pedissem ao Pai que mais pessoas se juntassem a eles. Existe uma multidão que precisa ouvir falar de Jesus e setenta e dois discípulos não são o sufuciente para isso; era preciso que mais pessoas se juntassem a eles.

Reze para que apareça mais gente para ajudar você. No nosso coração deve existir uma comoção, um desejo muito grande de salvação de pessoas. Olhem em volta e vocês vão ver que existe muita gente que pode ajudá-los a anunciar a Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Padre Jonas, há uns 30 anos, cantava, rezava, fazia tudo sozinho. Chegou um momento em que Jesus tocou o coração dele e ele procurou pessoas que o ajudassem. Naquele apelo que ele fez doze pessoas levantaram o braço, foi quando ele começou tudo.

Nós precisamos compreender que existem pessoas que estão necessitando muito, elas precisam se encontrar com Jesus antes que Ele venha. Quem não estiver com Nosso Senhor vai ficar para trás. Jesus está colocando [essa responsabilidade] nas nossas mãos. As pessoas precisam se encontrar com o Senhor. No entanto, nós não podemos pensar que só porque nós O encontramos está tudo certo. Precisamos levar o que encontramos aos outros.

Jesus precisa de você. Você é importante na messe. Por que você fica inventando desculpa se o Senhor está o chamando para algo superior? Entenda o que o Senhor quer de você. O inferno não pode ganhar mais ninguém, nós precisamos de pessoas que façam o inferno ficar com raiva e o céu vibrar de alegria!

Que Deus abençoe você que compreendeu o chamado de Deus. Siga e peça que o Senhor mande pessoas para ajudá-lo. Deus precisa de nós. A primeira parte Ele já fez, agora a segunda é nossa. Precisamos preparar as pessoas para vinda do Senhor. A Igreja de Jesus precisa de operários.

Homilia de padre José Augusto
Missionário da Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Quem tem Deus tem tudo

Quem tem Deus tem tudo

Postado por: homilia

janeiro 25th, 2010

Hoje a Igreja celebra a conversão de São Paulo; para entendermos o significado da conversão dele peguemos este trecho da bíblia:

“Tu tropeçarás em pleno dia, assim como o profeta durante a noite. Far-te-ei perecer, porque meu povo se perde por falta de conhecimento; por teres rejeitado a instrução, excluir-te-ei de meu sacerdócio; já que esqueceste a lei de teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos” (Oséias 4, 5-6).

O povo estava se perdendo por falta de Jesus. São Paulo era um perseguidor dos cristãos, era um judeu e por causa do judaísmo ele era rigoroso. O apóstolo dos gentios não acreditava na ressurreição. Até que ele conheceu Jesus Cristo e se tornou um apaixonado por Ele. Nós cristãos precisamos nos tornar apaixonados por Jesus, porque Ele deu a vida por nós.

“Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo” (Filipenses 3,8).

Às vezes, a gente quer tantos conhecimentos relacionadas com o mundo e para Paulo o único conhecimento estava em Jesus Cristo. Pois começou a compreender que o maior presente que ele poderia dar a uma pessoa seria Jesus Cristo.

São Marcos 16,15-18

A grande missão de São Paulo foi levar ao mundo a salvação. Este mundo tem muitas coisas que se dizem boas; mas não existe privilégio maior nele do que levar o Senhor ao coração das pessoas. Quem tem Deus tem tudo. Jesus não vai cobrar nada das pessoas, mas o céu se alegra quando um pessoa é chamada para anunciar o nome d’Ele.

“Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!” (I Corintios 9,16).

Diante de tanta coisa que Paulo recebeu do Senhor ele se achava comprometido a anunciar Jesus às pessoas, para que elas fossem felizes como ele. O grande pecado daqueles que anunciam Jesus Cristo é anunciar a si próprios; de repente, as pessoas começam a seguir a pessoa e não a Jesus.

Falar o nome de Jesus dá dinheiro, tem muita gente por aí ficando rica. As pessoas acabam não anunciando Jesus Cristo. Se eu me torno a salvação para todos significa que eu ainda não anunciei a Jesus.

Nós não somos nada, nós temos que anunciar a salvação do Senhor. Precisamos anunciar mais Jesus Cristo, pois Ele é a salvação de todos. Quanto mais as pessoas se dobrarem diante do Santíssimo Sacramento, tanto melhor será. Quem morreu de braços abertos pela salvação do mundo foi Jesus. Qualquer membro da comunidade pode anunciar a Cristo, mas a gente não deve ir atrás de pessoas, a gente tem de ir atrás de Nosso Senhor Jesus Cristo!

As pessoas vão morrendo e a Igreja vai se renovando, porque Deus nunca vai deixar de mandar evangelizadores. As pessoas vão, mas Jesus fica. Pare em Jesus, porque Ele é a única salvação para todos. Seja anunciador da Palavra! Não tenha outro propósito a não ser levar Jesus Cristo às pessoas. No entanto, ninguém consegue levar o Senhor para os outros sem dobrar os joelhos diante d’Ele.

Para renascer contigo - mensagem para orar e refletir, Madre Tereza de Calcutá

Para renascer contigo


"Senhor, ajuda-nos a ver a tua crucificação e
ressurreição como um exemplo de como suportar e aparentemente morrer na agonia e no conflito da vida diária, para que possamos viver mais intensa e criativamente. Aceitaste paciente e humildemente a repulsa da vida humana, tanto quanto as torturas da Tua crucificação e paixão. Ajuda-nos a aceitar as dores e conflitos cotidianos como oportunidades de crescimento de nossa pessoa e de nos tornarmos mais semelhantes a Ti, atravessando-os paciente e bravamente e confiando que Tu nos apoiarás. Faze que compreendamos que só através de renúncias freqüentes de nós mesmos e de nossos desejos egoístas poderemos viver mais plenamente; só morrendo Contigo poderemos renascer Contigo".

Madre Tereza de Calcutá

domingo, 24 de janeiro de 2010

Jovem,sexo, ateísmo

Jovem, sexo, ateísmo

Padre Paulo Ricardo
Foto: Robson Siqueira/CN
Gostaria de falar a respeito de um tema bastante polêmico:“Como educar os filhos para a vivência da sexualidade”. É um tema que gera bastante discussão porque a sexualidade que nos católicos pensamos está diferente do mundo.

Quando nós queremos educar os filhos a respeito da sexualidade, eles vêm com a mentalidade da escola; e infelizmente nós pagamos os professores para perverterem a educação de nossos filhos, então o caminho é não confiar na escola, porque a escola irá ensinar algo errado, até que se prove o contrário. Infelizmente é isso, e eu vou explicar.

Por que a escola e os meios de comunicação vão ensinar mal os nossos filhos a respeito da sexualidade? Porque a sociedade está vivendo no ateísmo, a educação está montada no ateísmo, é preciso que nossos filhos saibam disso.

Não é possível educar nossos filhos de forma cristã na sexualidade, sem romper com o pensamento da sociedade atual.Infelizmente esse é o pensamento da classe falante: jornalistas, advogados, psicólogos, políticos, terapeutas, professores. Há uma lacuna muito grande entre a classe pensante e o povo brasileiro. O povo brasileiro tem uma moral sexual conservadora, isso é uma estatística do Datafolha, IBGE, a maior parte dos jovens brasileiros são conservadores. Quando ele se casa, casa com mentalidade de que quer que dê certo, o comportamento dele é uma coisa, mas o pensamento é outro, é conservador. A maior parte dos jovens é contra liberação das drogas, mas essa não é a opinião da classe falante, e o nosso país é conduzido pela classe falante, políticos que transmitem opinião, professores, jornalistas, advogados, psicólogos, e o que eles falam não é o que o povo brasileiro pensa.

A classe falante é muito liberal, e eles querem incutir na cabeça de nossos jovens essa opinião deles. Se nós, maioria cristã, continuarmos calados, eles vão conseguir cada vez mais incutir esse pensamento na cabeça dos jovens, nós precisamos falar e ter coragem de romper com esse silêncio, pronunciar que nós somos cidadãos cristãos.

"Querem tornar o cristianismo uma realidade das catacumbas", denuncia padre Paulo Ricardo
Foto: Robson Siqueira/CN


Assista trechos desta pregação:

:: Nossa sociedade está vivendo um clima de ateísmo
:: Querem tornar o cristianismo uma realidade das catacumbas
:: Padre Paulo fala sobre o existencialismo


Agora querem tirar os símbolos cristãos de todos os lugares, querem tornar o cristianismo uma realidade das catacumbas. Dizem que não querem ofender os que não são católicos, não podem ofender a minoria. Por que isso vai ofender os ateus? Não ter uma religião é também uma atitude religiosa. Ao invés de ter uma cruz na parede eu ter uma parede vazia é ter uma atitude religiosa.

Escute meu irmão ateu, você acha que ser cristão em público é feio, eu acho que ser ateu em público é muito pior, é mais feio. Uma cidade vazia de símbolos religiosos é também uma atitude religiosa que mostra que esta cidade não tem Deus.

O filósofo francês Jean-Paul Sartre Jean via o existencialismo como uma filosofia, para ele é um fato levar até as últimas consequências que Deus não existe. “Se Deus não existe, ninguém pensou o homem, então não existe certo ou errado”. Como Raul Seixas: “eu prefiro ser essa metaformose ambulante”. Vê o homem como fruto de uma mudança contínua, isso se chama ateísmo.

A respeito do sexo, como está pensando essa classe falante? Eles dizem assim: o importante é a pessoa se sentir bem, não tem certo ou errado. Isso é dizer que não existe um projeto, você que é o deus da história. Deus tem um projeto para nós, veja seu corpo, você sabe para que serve cada parte de seu corpo, que mostram a inteligência de Deus. Deus pensou o homem para a mulher e a mulher para o homem, mas muitos pensam: eu não quero viver o sexo dessa forma, quero viver da forma que me agrada, quero ter sexo com animais. Isso é uma desobediência ao Criador. E é isso que estão incutindo nas cabeças de nossos filhos, pois sempre dizem que o importante é a pessoa se sentir bem. Pode ser que o jornalista, o professor, o advogado que fale isso não seja ateu, mas o pensamento é ateu. O ateísmo está tomando conta da nossa sociedade sem se mostrar. O ateísmo se apresenta como humanismo, algo favorável ao homem, tolerante.

Os nossos jovens, infelizmente, já fizeram sexo para entender que estão se destruindo, basta que alguém fale isso para eles, mas essa multidão da classe falante fala o oposto, psicólogos, pedagogos, políticos, professores, às vezes, até padres, que trabalham para o pensamento ateu - Que horror! Quando um jovem chega ao confessionário e fala do pecado da masturbação e o padre fala para o jovem que não tem problema, que ele está conhecendo o corpo, pode ser que o padre não saiba, mas está trabalhando para o pensamento ateu -. Se nós aceitarmos isso, haverá a intolerância religiosa disfarçada de tolerância, fazendo carinha de bom moço. O diabo não se apresenta com chifre, ele se apresenta de forma atraente, ele é especialista, sabe fazer a cabeça, se apresenta como tolerância.

A Igreja Católica ama de paixão os homossexuais, não existe uma instituição que os ame mais, pois quer os tirar de uma cultura de morte que está os matando, essa vida de sexo livre, está matando esses jovens, por isso ela diz: “meus filhos parem com isso”. Ela ama os heterossexuais que também estão se matando com o sexo livre, por isso ela fala: “meu filho pare de se maltratar porque você foi feito para amar”.

Fiéis participam atentamente da pregação do padre Paulo Ricardo
Foto: Robson Siqueira/CN

O sexo é uma criação de Deus e não do diabo. O sexo é uma participação do ser humano na obra da criação. O interior da mulher é algo sagrado, cada mulher que carrega dentro dela aquela pequena vida, ali Deus já realizou seu projeto maravilhoso. O homem é chamado pela sua sexualidade a entrar neste santuário da vida que é a mulher, para obra da criação.Precisamos arrancar o sexo das mãos do diabo, é obra de Deus o sexo. Nós precisamos fazer com que o sexo seja o que é no projeto de Deus, Deus tem um sonho para a sexualidade, e está ligado a nossa capacidade de amar. Mas que terrível! Quando usamos para nosso egoísmo, fazendo das mulheres objetos, usando algo que é para o amor para o egoísmo solitário.

Uma vez que você apresenta a sexualidade como projeto bonito de Deus, o jovem entende isso. Mas quando apresenta só como coisa proibida é claro que o jovem não vai aceitar. Eduque seus filhos, desmascare o lobo, é o pensamento ateu que conduz a morte, a destruição. E os jovens são capazes de enxergar isso,quanto mais você faz sexo sem compromisso, mais fica um vazio na alma. Mostre para ele o lobo, ele será capaz de enxergar. É importante que você os ajude a enxergar.

Os jovens dizem que devem ter um pensamento crítico, seja crítico com você, critique o pensamento que você adotou, um pensamento ateu, desonesto.

Você sabe por que o pensamento ateu está na moda? Veja o que falava o filósofo Friedrich Nietzsche: “Se deuses existissem, eu não suportaria não ser um deles. Portanto, deuses não existem”. Ele mostra que ele é ateu por sua soberba.

Os jovens dizem por que a Igreja proíbe sexo antes do casamento? Não é a Igreja que proíbe, mas a própria natureza. Pense, pelos menos lá em Cuiabá (MT) é assim, eu acho que esse negócio de sexo tem haver com uma criança que nasce, tem haver com bebê, assim como quando você se alimenta tem haver com nutrição, são as finalidades das coisas que Deus pensou. Se um casal de jovem mantém relações sexuais a natureza daquele ato é voltado para ter um filho, eu não estou dizendo que vai ter, mas está voltada para isso, e muitas meninas tomavam pílulas e engravidaram. Veio a criança, ela precisa ser respeita, tem direito a vida e de ter pai e mãe. O pensamento ateu diz, não existe Deus, você que é deus, se a criança não te agrada jogue-a no lixo. Você que é senhora do seu corpo. E nós dizemos não, respeite o Criador. A pessoa se coloca no lugar de Deus, senhora da vida e da morte. Você acha que sexo é lazer? Não, ele é sagrado. A Igreja proíbe sexo antes do matrimônio não porque ele é pecado, mas porque ele é sagrado. No projeto de Deus a criança foi pensada tendo um pai e uma mãe.


Por que a classe falante não aceita isso? Porque se eles aceitarem, eles terão que aceitar a Deus. O que significa ter um Deus? Significa que eu não sou Deus, e o mundo moderno não aceita, ele quer ser deus. Eles não aceitam sermos adoradores, e o Papa João Paulo II fala sobre o ódio dos apóstatas. O apóstata é um cara que abandonou a fé, seguia a Deus e começou a achar que a moral é opressora, não precisa ser tão radical, fanático, católico sim, mas fanático não. Começa ler a Bíblica de um jeito ideológico, na passagem onde Jesus diz: “se você olhar para uma mulher e no seu coração ir desejando-a, já cometeu adultério”. Eles dizem assim: Jesus não disse isso, isso foi acrescentado pela Igreja, isso é radicalismo. Eles pecam na fé que tinham, e arranjam um jeito “light” de entenderem a fé. Talvez seja até um padre que o tenha ensinado ler a Bíblia assim, e ainda dizem: padre fulano que é bom, é um padre aberto para realidade. Aberto para a realidade e fechado para Deus.

O apóstata pisou na própria consciência arranjando um jeitinho de interpretar o cristianismo, e quando você interpreta de forma reta, ele passa odiar você, porque mostra o que ele fez. Um jovem chega para o catequista e diz que não faz sexo com namorada e nem se masturba; o catequista começa a perseguir o jovem porque ele, o catequista, arrumou um jeito “maneiro” de viver o cristianismo, então persegue o jovem porque recorda o que ele fez consigo. Ele vai odiar quem propõe o Evangelho do jeito que ele acreditava antes.

Por que esse pessoal tem horror de ver a manifestação de nossa fé? Porque essa minoria de ateus quer amordaçar a maioria dos cristãos, temos que lembrar a eles que somos cidadãos como eles. Por que vamos ficar calados se somos a maioria? É necessário que essa maioria de cristão que são conservadores reaja. Eu tenho que reagir quando uma pessoa chega na minha igreja e acaba com o que é a razão da minha vida. Só existe um caminho eficaz, você não pode dar uma de bom mocinho, o sexo é sagrado, isso é visão positiva, mas você tem que mostrar o lobo que tenta passar como tolerância cristã aquilo que é intolerância ateia. Não somos ateus, Deus nos criou e tem um plano para nossas famílias, para nossa sexualidade. Temos que deixar Deus ser Deus e não ser Deus no lugar de Deus.


Transcrição e adaptação: Willieny Isaias

Evangelização no digital - ai de mim se nã evangelizar


Sábado, 23 de janeiro de 2010, 10h28
Descobrir o rosto de Cristo no mundo digital, pede Bento XVI
Leonardo MeiraDa Redação
Arquivo
Bento XVI diz que sacerdotes devem colocar os novos meios de comunicação a serviço da Palavra
"Através dos meios modernos de comunicação, o sacerdote poderá dar a conhecer a vida da Igreja e ajudar os homens de hoje a descobrirem o rosto de Cristo".É isso que aponta Bento XVI em sua mensagem para o 44º Dia Mundial das Comunicações, com o tema O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra. O Dia Mundial das Comunicações será celebrado em 16 de maio.O texto foi apresentado durante uma coletiva realizada na manhã deste sábado, 23, na Sala de Imprensa da Santa Sé. O encontro foi conduzido pelo presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Cardeal Claudio Maria Celli, e o secretário do mesmo Conselho, monsenhor Paul Tighe.O Papa destaca que as possibilidades oferecidas pelas novas tecnologias nos meios de comunicação "tornam cada vez mais importante e útil o seu uso no ministério sacerdotal".Ao lembrar que a tarefa primária do sacerdote é anunciar Cristo, Bento XVI indica: "De fato, pondo à nossa disposição meios que permitem uma capacidade de expressão praticamente ilimitada, o mundo digital abre perspectivas e concretizações notáveis ao incitamento paulino: 'Ai de mim se não anunciar o Evangelho!' (1 Cor 9,16)".Uma nova fase Com a difusão crescente das novas tecnologias, o Santo Padre explica que o sacerdote se encontra perante o limiar de uma "história nova".Por isso, seria preciso multiplicar os esforços para colocar os novos meios ao serviço da Palavra, não apenas como um espaço a ser ocupado, mas em que "o presbítero deve fazer transparecer o seu coração de consagrado, para dar uma alma não só ao seu serviço pastoral, mas também ao fluxo comunicativo ininterrupto da 'rede'".Ao se valer do mundo digital para expressar que o amor de Deus não é uma teoria do passado, mas uma realidade concreta, o sacerdote deveria oferecer às pessoas os sinais necessários para reconhecer o Senhor.Além disso, as novas tecnologias representariam uma oportunidade valiosa para levar a Palavra aos não crentes."Uma pastoral no mundo digital é chamada a ter em conta também aqueles que não acreditam, caíram no desânimo e cultivam no coração desejos de absoluto e de verdades não caducas, dado que os novos meios permitem entrar em contato com crentes de todas as religiões, com não-crentes e pessoas de todas as culturas".Por fim, Bento XVI pergunta: "não se poderá porventura prever que a internet possa dar espaço - como o 'pátio dos gentios' do Templo de Jerusalém - também àqueles para quem Deus é ainda um desconhecido?". E pede aos sacerdotes: "Aproveiteis com sabedoria as singulares oportunidades oferecidas pela comunicação moderna".Leia mais.: Mensagem do Papa para o 44º Dia Mundial das Comunicações
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sábado, 23 de janeiro de 2010

Família um amor que não desiste

Família um amor que não desiste

Padre Paulo Ricardo
Foto: Wesley Almeida/CN
Na outra pregação falávamos do vinho novo. Não possível sustentar uma família sem abraçar a cruz. Eu já celebrei muitos casamentos, e eu gosto de recordar aos noivos que ali eles estão prometendo uma fidelidade para a vida toda. Como o ser humano frágil pode prometer fidelidade para sempre? Se prometerem o perdão para toda a vida, se estiverem dispostos a abraçar a cruz de Cristo. É um dom de Deus, um carisma.

Na prática como vou amar minha esposa, meus filhos? Como vou viver esse amor? Em primeiro lugar a Bíblia nos ensina na I Carta de São João 4, 10: “Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados.” Se nós queremos na prática o vinho novo, devemos buscar na fonte, Deus nos amou primeiro. O amor do pai para com os filhos e dos filhos para com os pais, é um amor resposta.

Por que na família há cobrança? Porque as pessoas acham que não são amadas. O amor de Deus por nós não tem medida. Muitas vezes na nossa família ficamos mendigando afeto – “Ah! Você não me ama, não sorriu para mim” - e fica aquela cobrança. Não estou falando das cobranças dos pais para os filhos na educação. Não estou falando das cobranças construtivas, mas das que estão enraizadas de chantagens, de vitimismo, que é a pessoa se colocar como vítima - “Ninguém me ama, ninguém pergunta como estou - Aquelas pessoas que se fazem de vítimas o tempo todo. Como isso desgasta um relacionamento. Ninguém precisa disso, você é bilionário do amor de Deus, pare de mendigar amor quando você é amado. A pessoa que mendiga afeto dos outros não crê no amor de Deus.

Quem mendiga afeto dos outros não crê no amor de Deus, diz padre Paulo Ricardo
Foto: Wesley Almeida/CN

O amor consiste nisso: “Deus nos amou por primeiro”. Se nós queremos amar, primeiro devemos crer no amor de Deus. Crer no amor de Deus não é sentir o amor de Deus, é saber que o amor de Deus existe. Uma pessoa que diz que gostaria de ser diferente está dizendo que Deus errou, é uma presunção, está se fazendo conselheiro de Deus. Isso é soberba, falta de humildade. Precisamos aceitar Deus como Deus, e dizer: Vós sabeis o que é melhor para mim.

Deus não estava distraído quando me fez. Não foi um lapso divino. Deus faz e faz bem feito. Você é a maravilha de Deus, então crer que Deus me ama é isso. Crer que Ele me fez e fez bem em mim querer assim.

Amar é quando eu me dou de presente para a outra pessoa. Você não precisa de livro de auto-ajuda, somente da Palavra de Deus para saber que você é amado por Deus. Crer que Deus me ama não é sentimento, pois sentimento evapora, mas a fé permanece. Eu creio que Deus me ama, mesmo quando eu não sinto. A gente precisa professar todos os dias que Deus nos ama. Eu tenho que crer no amor de Deus e me dar de presente aos outros.

O amor novo que falta nas famílias é crer que “Deus me amou por primeiro”, e porque Ele me amou eu não vou me guardar, mas vou ser um grão de trigo que morre para que outros tenham vida.

A primeira coisa que você precisa fazer é renunciar esse espírito de vítima, você já é amado. Você é um presente para os outros. Pare de cobrar os outros. Uma pessoa que crê no amor de Deus é uma pessoa luminosa.

Na última ceia, o Evangelho de João nos relata o lava pés, e em que consiste? Jesus se rebaixa e vai à parte mais suja que temos, os pés. Fazendo aquele gesto Ele explica sua paixão na cruz. Ele veio até nosso pecado, nosso sujeira, aquilo que havia de porco em nós e lavou com Seu Sangue derramado. Jesus se entrega para nos livrar de nossas misérias.

Você quer entender Jesus? Tem que olhar para o mistério de sua morte e ressurreição. Ele derrama Seu Sangue para lavar nossos pecados. Ao fazer isso Ele explica: “Eu, que sou vosso Senhor e mestre, lavei os vossos pés, também deveis lavar os pés uns dos outros”. E isso não é apenas serviço social, mas quando na sua família você faz de conta que não está vendo muitas coisas para amar, para não cobrar, para não se tornar um cobrador, mas um doador. Por isso as nossas famílias precisam de um vinho novo. Em que consiste esse vinho novo? É amor de Deus derramado em nossos corações.

Rincão do Meu Senhor na sede da Comunidade Canção Nova
Foto: Wesley Almeida/CN

I Carta de São João 4, 10: “Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados.” Se amor parte disso, a família tem para onde ir. O mundo odeia a família, ela está sob ataque, e este ataque está nos meios de comunicação, nas salas de aulas, no parlamento. A família está sob ataque deliberado do mundo, e isso por quê? Ser família é ser uma aliança de amor, é colocar um limite ao egoísmo, e mundo odeia isso.

A família é uma aliança de amor, não é simplesmente um vínculo de sangue, mas é um vínculo espiritual. Só existe família onde existe espírito. Falam que família é conceito burguês, e que é preciso acabar com isso, e querem nos reduzir ao mundo animal. Se você se reduzir a isso, você não merece ter família. É necessário que haja aliança de amor, essas alianças que os esposos carregam não é só um contrato jurídico, mas é vínculo de amor. Somente quem tem alma e coração pode dizer: eu não desisto de você apesar de você.

Quando eu falo de mundo, eu falo de um pedaço de mim, um pedaço de você. O mundo odeia a família porque é egoísta e quer se salvar. Exorcizemos o mundo que está dentro de nós. Existe hoje um plano de projeto para destruir a família. O nosso congresso aprovou um divórcio mais rápido, dizem que é para evitar os gastos, mas isso não é contra a natureza humana? Fazer isso rapidamente é não dá tempo para a pessoa se arrepender, pois no momento de “sangue quente” a gente faz isso para se defender. Isso é coisa que deputado faça? Aprovar uma lei para a destruição das famílias? Eles vão responder diante de Deus a destruição das famílias brasileiras. Imagina um casal irado, vai na internet e facilmente se divorcia. Por que os senadores não fizeram uma lei para facilitar a reconciliação entre os casais? Isso não é modernidade, isso é lei que ofende a Deus e destrói as famílias.

Família é um vínculo espiritual. Não podemos facilitar a destruição das famílias. Devemos acolher a vontade de Deus que quer que sejamos um presente um para outro. Dê esse passo de ser um presente de Deus para sua família.

Vinho Novo em odres novos

VINHO NOVO EM ODRES NOVOS Lc 5,33-39

Postado por: Padre Bantu Mendonça K. Sayla

setembro 5th, 2008

No Evangelho de hoje, Jesus responde à pergunda dos judeus através de duas parábolas: do remendo e dos odres. O Mestre quer com elas mostrar que o judaísmo antigo está gasto. É preciso remendá-lo e não dá, porque a nova forma de religião, o cristianismo, não poderia encaixar dentro de estruturas velhas e impossíveis de se reformar. Tudo deve ser novo, como são os odres onde se deve colocar o vinho novo. Para os presos à tradição estas palavras de Jesus eram duras, e não se referiam unicamente ao jejum, mas a toda a estrutura religiosa levantada sobre uma tradição mais humana do que propriamente bíblica, como dirá Jesus.

O Antigo Testamento não pode servir como referência essencial da verdadeira religião por Jesus promulgada. Jesus nos chama odres novos que devemos recebê-lo porque Ele é o Vinho Novo. Pois do contrário os fariseus estariam no verdadeiro caminho da salvação, o que foi tudo o contrário. E Jesus no-lo demosntra várias vezes e sobretudo quando diz: o maior nascido de mulher, é menor que o menor no Reino dos céus ao referir-se a João Batista (Mt 11,11).

Ele é o esposo que está com seus amigos no meio das bodas e por isso os seus eles não podem jejuar. Assim sendo, o amor se transforma em gozo com a presença de Jesus.

O jejum, unido à penitência, não é um elemento essencial do cristianismo, e somente quando da ausência de Jesus será conveniente e, associado com a oração, meio de implorar a presença do Espírito para momentos de decisões especiais, como Jesus fez no início de sua vida pública. O jejum atual é mais uma recordação do que um instrumento de penitência. Dos três elementos que na quaresma a Igreja determina, é o menos praticado e talvez o menos entendido pelos fiéis. Constitui a penitência com respeito a si mesmo, para que o corpo não seja o último a ditar as ordens e o espírito seja dominado pela carne. É o jejum ascético que pode se transformar em jejum expiatório, como penitência.

Jesus toma o lugar de Jahveh com uma nova característica: Ele é o amigo, o íntimo, no qual o homem encontra um amor especial que recebe e dá como um igual ou semelhante. O Verbo escolhe o homem como sua morada revestido de humanidade dirá Paulo e também os homens como seus íntimos.

O discípulo de Jesus, batizado em nome da Trindade, aquele que está em comunhão quer eclesial quer sacramental está “obrigado” pelo próprio Jesus a ser o pano, o odre novo. Alías, as palavras pano sem estrear e manto velho estão escolhidas propositadamente. Significam a incompatibilidade da mentalidade antiga para receber as verdades e as práticas do Reino. O exclusivismo judeu, a circuncisão, as leis de impureza, o sábado e o templo não seriam mais os referenciais dos novos tempos. Porque os verdadeiros adoradores hão de adorar a Deus em espírito e vida. Como cristãos somos chamados e “obrigados” a abandonar orgulho, fonte da hipocrisia e o desprezo aos pobres e excluídos. O espírito do reino de serviço e humildade não entrava dentro da ambição reinante.

Se a primeira comparação, o pano era uma lição dada aos conterrâneos, a segunda os odres é um aviso aos discípulos: não queirais transvasar o espírito e as verdades do Reino a antigas e caducas instituições. O vinho indica, a alegria do banquete que não deve faltar na nossa mesa. Assim, o espírito de amizade deve substituir o espírito de formalismo e temor da AT. O Vinho Novo é o sangue de Jesus, que deve ser recebido em odres novos que é o meu e o teu coração. Porque quem come e bebe o Corpo e o Sangue de Jesus indignamente, come e bebe a própria condenação. Antes de te aproximar do Banquete Eucarístico, purifique, lave, confesse os teus pecados, porque VINHO NOVO EM ODRES NOVOS.

Magistério da Igreja – Papa condena outra vez a Teologia da Libertação

Magistério da Igreja – Papa condena outra vez a Teologia da Libertação

Em discurso a bispos brasileiros, o papa Bento XVI condenou mais uma vez a Teologia da Libertação.
O discurso foi pronunciado neste sábado (05/12/2009) ao grupo de Bispos do sul do país que se encontrava em Roma por ocasião da visita ad limina. Por ocasião desta visita, que acontece a cada cinco anos, os Bispos apresentam ao papa e à cúria romana um relatório a respeito de suas dioceses e ouvem do pontífice as orientações para seu futuro pastoreio.

Bento XVI recorda o aniversário de vinte e cinco anos do documento que ele mesmo assinou, como então Cardeal Ratzinger, condenando esta forma de fazer teologia utilizando “teses e metodologias provenientes do marxismo”. As palavras usadas pelo papa são duras e fogem do padrão diplomático dos discursos curiais, fazendo uma lista politicamente nada correta das consequências da Teologia da Libertação: “rebelião, divisão, dissenso, ofensa, anarquia”.

O pontífice admite que a Teologia da Libertação não é um problema do passado quando recorda aos bispos que estas terríveis consequências “fazem-se sentir ainda” e que ainda se encontram em “vossas comunidades diocesanas”. O balanço geral apresentado por Bento XVI a respeito da aventura libertária da Igreja do Brasil parece fechar no vermelho.

“Grande sofrimento e grave perda de forças vivas” – conclui o sucessor de Pedro.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Milagre do vinho

Milagre do vinho

Espiritualidade

21-01-2010

Muitos vão atrás de religiões por algum tipo de interesse na ordem de solucionar algum problema de saúde, de casamento, de dinheiro... Há quem funde religião para ganhar dinheiro às custas da boa fé das pessoas. Muitos esperam e pedem milagres.

Jesus realizou muitos milagres, para manifestar seu poder de dar vida e salvação, tendo compaixão do povo sofredor. Mas Ele não quer passar apenas por um taumaturgo ou fazedor de milagres. Sua missão era muito maior. Aliás, Ele viu que a multidão o seguia por seu poder miraculoso. Resolveu, então, chamar a atenção de todos porque O seguiam apenas por interesse na ordem temporal. Deus, de fato, pode fazer e realiza inúmeros milagres, quando isso ajuda a pessoa de fé a se firmar no amor de Deus. Aliás, os milagres não adiantariam muito se fossem apenas para a melhoria transitória das pessoas. Sem alcançar o Reino definitivo, os milagres aqui na terra seriam muito secundários. É preciso ater-se ao absoluto da vida, que está em Deus e de modo permanente, ou seja até na eternidade. O transitório da vida terrena é muito importante, mas tem que ser conectado com a vida eterna. O próprio Jesus lembra que não adianta o ser humano ganhar o mundo inteiro se vier a perder a vida eterna!

Nas bodas de Caná da Galiléia Jesus fez o milagre da transformação da água em vinho (Cf. Jo 2, 1-11). Tornou-se vinho mesmo! À época era a bebida muito usada em festas. Foi sua mãe quem pediu. O filho atendeu-a. Foi o início dos milagres de Jesus. Seus discípulos acreditaram nele. Crer é mais do que falar. A comunicação pode fazer milagres se estiver baseada na fé em Jesus. Somos chamados a segui-Lo e anunciá-Lo. Para isso, precisamos de grande fundamentação na fé, que é um dom de Deus. Cultivá-la bem é preciso, através do conhecimento da Palavra e da docilidade ao Espírito Santo. Deste modo, assumimos a vocação em resposta a Deus para servirmos à causa do seu Reino. Cada um desenvolvendo os próprios dons, outorgados pelo Espírito Santo, todos se beneficiarão. Haverá mais entendimento, fraternidade, serviço aos mais deixados de lado...

Tendo compaixão das pessoas sofredoras com tantos problemas, somos chamados também a fazer o milagre da conversão dos corações com o anúncio entusiasta da Palavra de Deus, como lembra Isaías: “Por amor de Sião, não me calarei... enquanto não surgir nela, como um luzeiro, a justiça e não se acender nela, como uma tocha, a salvação... Não mais te chamarão Abandonada, e tua terra não mais será chamada Deserta; teu nome será Minha Predileta e tua terra será a Bem Casada” (Is 6, 1.4). É belo ver pessoas que não se cansam de realizar o bem ao semelhante, vendo suas necessidades. A solidariedade e união fazem milagres. Precisamos, de fato, fazer verdadeiro mutirão para evangelizarmos nossa gente e ajudá-la a superar injustiças e frustrações. Aí a água das dificuldades vai se transformar no vinho da alegria, da justiça, da misericórdia e do amor. Só em Deus o ser humano encontra resultado e sentido para a caminha da vida!

Dom José Alberto Moura

O Senhor quer ressuscitar-nos para o amor “Quanto a nós, sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos nossos irmãos” (1 Jo 3,14).

Sexta-Feira, 22 de janeiro 2010
O Senhor quer ressuscitar-nos para o amor “Quanto a nós, sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos nossos irmãos” (1 Jo 3,14).

O Senhor quer ressuscitar-nos para o amor. Deus quer nos curar profundamente de tudo aquilo que acabou matando o amor em nós. Talvez diante do próximo mais próximo, isto é, seus familiares, filhos, irmãos, pais, esposo..., você tenha tido de dizer: “Meu Deus do céu, eu o(a) não amo, não sinto amor”. Justamente por causa disso o Senhor quer fazer uma ressurreição em sua vida.

Existe amor em você! Mas, infelizmente, não sentindo esse amor, você acaba dizendo para si mesmo que não ama. Você se acusa e se condena por isso.

Quando estamos voltados para o Senhor, sentimos Seu amor e começamos a amar: voltamos à vida. Sabemos que passamos da morte para a vida, porque o amor de Deus está em nós. Porque estamos voltados para Ele, começamos a amar o próximo.

Monsenhor Jonas Abib

casamento

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Vocação para o casamento

Para isso, é preciso orientação e formação

Vivemos num contexto social de muitas "éticas" até confrontantes. As desculpas para não se seguirem valores inerentes à natureza e a verdades objetivas são muitas. A título de ser moderno ou não retrógrado passa-se, não raro, por cima da verdade e do direito em função do modismo ou da satisfação pessoal. Compromissos com valores da dignidade humana, da família, do sexo, do respeito aos indefesos, do meio ambiente e do bem comum ficam para os que são formados e assumem a altivez de caráter como valor acima de outros interesses.

Na ordem afetiva, sentimental e sexual se fica muito à mercê da propaganda e dos desejos impulsionados pela libido e pela sensorialidade. Tais desejos nem sempre são canalizados por valores que orientam a pessoa à consecução da felicidade como conjugação do prazer momentâneo e aquele da realização de um ideal de vida. Fixando-se mais no animalesco do que no sentido da vida plenificado com valores éticos, morais e sociais, a pessoa está sujeita à irracionalidade do uso e da busca do prazer momentâneo como sendo isso absoluto. Nessa direção, a pessoa se torna insaciável e não encontra no prazer momentâneo um sentido mais elevado e realizador da vida.

Na trilha e na busca de sentido para a convivência matrimonial, pode haver ledo engano de realização humana, quando homem e mulher não se unirem em vista de uma real vocação conjugal. O impulso para o casamento, baseado unicamente no sensorial ou no desejo de os dois se gratificarem na complementaridade afetiva e sexual, frequentemente pode ser rompido com algum desequilíbrio de doação de um pelo outro. Havendo, porém, em ambos, a consciência e o pacto de mútua ajuda para conseguirem um ideal de vida por motivo de um sentido de vida maior, dá-se base de fecundidade na vocação matrimonial. Para isso, é preciso orientação e formação para o valor do casamento como verdadeira vocação. Preparação para tanto é fundamental.

Caso contrário, viveremos cada vez mais a panacéia de uniões que não levam à realização das pessoas que se casam, com as consequências muitas vezes danosas para tantos filhos! Não à toa Jesus Cristo fala da união para sempre do casamento entre homem e mulher, para a busca da felicidade, que está num ideal de vida buscado perenemente. A bênção divina está no bojo de tal encaminhamento. Mas é preciso, nessa direção, haver preparação, vontade e responsabilidade de construção da vida a dois para valer.

Nada, assim, vai tirar o casal do sério de uma vida de amor e doação autênticos. Meios coadjuvantes para isso encontramos na ordem natural e sobrenatural: diálogo, compreensão, boa vontade, colaboração, valorização do outro, perdão, oração, meditação na Palavra de Deus, sacramentos, aceitação das observações do outro, aconselhamento…

Muitos são os obstáculos para que o amor matrimonial corra nessa perspectiva. A influência do paganismo, da mediocridade, a falta de formação e influência de grandes meios de comunicação materialistas dificultam a juventude a se pautar na vida por valores acima apresentados. Aliás, na sociedade vemos duas vocações de fundamental importância: a família e a política. Justamente para as duas há muita falta de preparo! As consequências são óbvias!

A Palavra de Deus nos auxilia para valorizarmos a vocação matrimonial: “Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por Ela… Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo… Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne” (Ef 5, 25.28.31).

Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros - MG